Quantcast
Channel: Multiverso X
Viewing all 578 articles
Browse latest View live

Lançamento: Manual do Malandro

$
0
0


O título mais esperado pelos fãs de Tormenta finalmente se tornou real! Não precisa mais chorar, sofrer, mandar toneladas de email para a Jambô, mandar mensagens nas redes sociais. A espera finalmente terminou: chegou o Manual do Malandro.
-
Cheio de classes variantes e informações preciosas para os gatunos e espertalhões que infestam os becos artonianos, o manual está em pré-venda no site da Loja Jambô (em versão digital, físico e combo), mas tem seu lançamento oficial marcado para acontecer na COMIC CON XP 2015, que acontece entre os 3 e 6 de dezembro, em São Paulo.
-
Que tal conferir a capa ilustrada por Erica Awano, com cores de Thiago Ribeiro, e saber mais sobre o conteúdo?


Ladinos, bardos, rangers e swashbucklers são os mestres da furtividade, os maiores fanfarrões, os vigaristas mais astutos e os assassinos mais sinistros de Arton. Onde o poder bruto falha, só a esperteza pode vencer. E agora as técnicas ocultas dos malandros serão reveladas a você!
O Manual do Malandro é um guia para espertalhões de todo gênero e para todos os tipos suspeitos do mundo. Último da série de suplementos aprofundando as classes de Tormenta RPG, é um catálogo de truques sujos, más companhias, golpes baixos e trapaças em geral.

Este livro contém:
-
Duas novas classes básicas, o nobre e o ninja!
Classes variantes para malandros, incluindo o gatuno, o caçador de monstros, o arcanista e o explorador.
Novos talentos e classes de prestígio para quem usa mais a cabeça do que os músculos!
Novos usos de perícias e muitos novos equipamentos, para que você nunca mais seja pego desprevenido.
Descrição das principais guildas de ladrões de Arton!
-
Malandros estão por toda parte. Você pode não gostar deles… Mas eles gostam do seu ouro!

Eu assumo que já adquiri o meu. Estava esperando apenas a chegada do Manual do Malandro para começar uma mesa nova de Tormenta. E vamos combinar: a malandragem tem seu charme!
-
Essa é a última postagem oficial do nosso Novembro Tormenta, mas como ficou visível no decorrer das nossas postagens MUITO conteúdo ficou de fora! O cenário é tão rico em produtos que fica difícil falar de todos eles em um período curto, está aí o novo lançamento que não me deixa mentir. São mais de 15 anos de sucesso e muitos mais estão por vir!



Jambô e Draco na CCXP

$
0
0


O maior evento de cultura pop/nerd do Brasil, quiçá da América Latina,  a Comic Con Experience está chegando com a sua segunda edição prometendo abalar as estruturas e explodir cabeças. Acha que é brincadeira? Dá uma olhada no site oficial deles e repara nas atrações: tem Frank Miller, Evangeline Lilly, David Tennant, Micha Collins, Krysten Ritte e muito mais! São atrações para quem gostas de jogos digitais, de tabuleiro, séries, cinema, quadrinhos...
-
E no meio de todas essas atrações, teremos o estande onde os Mamutes daJambô se encontram com os Dragões da Draco. A duas editoras estarão dividindo o estante 120, e farão várias atividades como lançamentos, autógrafos e palestras. Dessa parceria é claro que só sairá coisa boa!
Nesse evento todo o  catálogo de livros e quadrinhos da Editora Draco estará com descontos especiais. A Jambô, além de seus títulos já publicados, estará com dois lançamentos e uma reimpressão para a CCXP: 
Já falamos sobre o aguardado Manual do Malandro na nossa postagem anterior, onde concluiu-se o mês dedicado a Tormenta. O quinto e último livro da série de suplementos para jogadores, o Manual do Malandro traz informações sobre bardos, ladinos, rangers e swashbucklers!
-
Já a segunda publicação é especial! Espada da Galáxia é o primeiro romance do premiado roteirista e game designer Marcelo Cassaro. A aventura alienígena de 1995 agora retorna maior e melhor, totalmente reformulada pelo autor e com acabamento digno de um clássico vencedor do Prêmio Nova de Ficção Científica.
-
Espada da Galáxia narra um dos momentos mais marcantes da história da Terra — nosso contato com alienígenas. Pelos olhos de pessoas comuns cujos caminhos se cruzaram com os dos metalianos, Marcelo Cassaro nos apresenta uma de suas maiores criações, a raça extraterrestre que povoaria a literatura, os quadrinhos e o RPG no Brasil para sempre!
Em outras culturas, o ciúme do filho preferido pode levar a tristeza, traume e até tragédia. Em Metalian, leva a guerra civil. Já havia ocorrido. Pois Primária, mesmo Ela — como qualquer mãe —, podia falhar em amar todos os filhos igualmente.
Sim. Preferia os avançados.
Amava-os mais.
Metalianos. Povo enxame sem mente, devotado à rainha-mãe. Aos poucos tornando-se inteligentes, independentes. Os mais avançados — ou insanos — partem para as estrelas em naves vivas. Procuram aliados. Procuram ameaças. Um capitão veterano e sua aprendiz encontram ambos. Na Terra.                                                                                               

Atividades
-
A seguir estão as atividades que vão rolar no estante das nossas parceiras Jambô e Draco.
-
Quinta-feira, dia 3/12
15h – Sessão de autógrafos com Guilherme Dei Svaldi, editor-chefe da Jambô e autor de Ataque a Khalifor.
16h – Sessão de autógrafos com Raphael Salimena, autor de Argos.
17h – Sessão de autógrafos de Zikas, com Raphael Fernandes e Junior Ferreira.
18h – Sessão de autógrafos com Kaji Pato, autor de Quack.
-
Sexta-feira, dia 4/12
11h – Sessão de autógrafos com Karen Alvares, autora de Inverso.
16h – Sessão de autógrafos com Airton Marinho, autor de Cabra d’água, e Alessio Esteves, de Zikas.
17h – Sessão de autógrafos de Rei Amarelo, com André Freitas, Lucas Chewie, Rafael Levi, Erik Avilez, Tiago Zanetic, Maurício Campos, Pedro Pedrada, Victor Freundt e Péricles Ianuch.
18h – Lançamento do romance Espada da Galáxia, com sessão de autógrafos do autor Marcelo Cassaro.
-
Sábado, dia 5/12
13h30 – Palestra Mangá no Brasil (no Prime Hall).
16h – Sessão de autógrafos com Raphael Salimena, autor de Argos.
16h30 – Palestra RPG no Brasil – Passado, Presente e Futuro (no Prime Hall).
17h – Sessão de autógrafos com Raphael Fernandes, editor da Draco e autor da HQ Apagão.
18h – Sessão de autógrafos com Rogerio Saladino, J.M. Trevisan e Marcelo Cassaro, cocriadores do universo Tormenta; e Erica Awano, desenhista do mangá Holy Avenger e convidada oficial da CCXP.
-
Domingo, dia 6/12
14h – Sessão de autógrafos com Eduardo Kasse, autor de Tempos de Sangue.
16h – Sessão de autógrafos de Starmind, com Ricardo Tokumoto e Toppera TPR.
17h – Sessão de autógrafos com Leonel Caldela, autor de A Lenda de Ruff Ghanor, da Trilogia da Tormenta, da série Profecias de Urag e de diversos outros títulos.

Comic Con Experience
Quando:
de 3 a 6 de dezembro
Onde: Imigrantes Exhibition & Convention Center – São Paulo, SP
Nos dias do evento será disponibilizado transporte gratuito entre o Metrô Jabaquara e a CCXP.
Quanto: consulte o valor dos ingressos aqui.


Ledd

$
0
0

Ledd é um mangá situado em Tormenta, o cenário de RPG mais popular do Brasil. Escrito por J. M. Trevisan e ilustrado por Lobo Borges, conta as aventuras de Ledd, um garoto em busca de seu passado perdido. Para isso, ele irá contar com a ajuda do mago Ripp e da bela e corajosa Drikka.
A série é publicada no site da Jambô, onde pode ser lida gratuitamente, e em álbuns recheados de material extra e vendidos em livrarias e pela internet.
Título: Ledd
Roteiro: J.M. Trevisan / Arte: Lobo Borges
Editora: Jambô
Páginas: 144
Formato: 13,5 x 20 cm, brochura

SKOOB - Vol. 1 - Vol. 2 - Vol. 3 - Vol. 4
COMPARE & COMPRE - Vol. 1 - Vol. 2 - Vol. 3 - Vol. 4

Se você acompanha o blog com frequência com certeza já ouviu falar em Ledd em alguns de nossos posts. Trata-se de uma história em quadrinhos de fantasia medieval em estilo mangá ambientada no cenário de RPG Tormenta e que desde 2011 vem sendo publicada e disponibilizada gratuitamente para leitura online no site da editora Jambô.
-
Ledd também é o nome do protagonista desta história. Um jovem garoto que um dia acorda preso num dos mais seguros e temíveis calabouços de Arton, a Fortaleza Hardof. Para piorar, ele não consegue se lembrar de nada, nem os possíveis crimes que cometera e tampouco quem ele é. Na prisão ele conhece Ripp, que se apresenta como um mago e se oferece para ajudá-lo a escapar, contanto que lhe dê um pouco de cabelo, um componente sem o qual ele não é capaz de lançar suas magias. Eles conseguem escapar, mas não sem atrair muito a atenção daquele que é tido como um dos mais impiedosos reinos de Arton: Yuden, além de atraírem para si a ira do implacável Coronel Barba Branca… Em apuros posteriores, Drikka, uma habilidosa ladina também irá se integrar ao grupo e tanto quanto eles, ela também precisa de ajuda. 
-
É a partir daí que nossa história ganha novos contornos, dividindo-de em novos arcos de forma envolvente e empolgante. Ledd está em busca de seu passado, tentando descobrir quem ele é num mundo hostil e que já o condenou. Ripp se mostra mais velho e sábio do que aparenta inicialmente, contudo sua real personalidade e motivações permanecem obscuros. Drikka está envolvida em uma complexa questão familiar, consequência de um passado também misterioso. Aliados e inimigos pipocam por todos os lados e quando menos esperamos já estamos ávidos pelos próximos capítulos! 
Além dos personagens principais já citados, todo um time de coadjuvantes se destaca no pouco espaço disponível para eles. É interessante notar como cada um é único, seja por escolhas acertadas na concepção do seu design ou na forma como têm desenvolvidas as suas personalidades durante a história, ainda que brevemente. Nada dos costumeiros grupos de buchas de canhão genéricos de massinha! 
-
A evolução e o desenvolvimento do roteiro de J. M. Trevisan ao longo dos capítulos, fruto de sua ampla experiência no mercado editorial, é notável! Se já nos apegamos aos personagens e à trama logo no Vol.1, no Vol.2 somos surpreendidos com uma bela história de amor, drama e sensibilidade, ao passo que no Vol.3 somos brindados com o melhor e o pior dos dilemas humanos aos pés de um tirano, e por fim, no Vol.4 vemos a ação e as lutas tomarem conta, explodindo com tudo, página após página! Humor, drama, ação e fantasia se mesclam de forma harmônica e fluída no decorrer da história. 
As ilustrações são produzidas pelo artista pernambucano Lobo Borges e há um salto de qualidade excepcional de um volume para o outro! Suas páginas duplas mereciam virar poster! O que dizer do vitral com os vinte deuses do Panteão na introdução da lenda d’O Colecionador? Ou de Kashii em sua forma draconiana majestosa pisoteando uma vila tomada pela ira? Um deleite visual! 
-
O talento do artista também fica evidente nas cenas mais dinâmicas como as de luta, que precisam transmitir movimento e ação, nas mais dramáticas, com foco na expressão e emoção dos personagens e nos cenários bem construídos e singularmente detalhados. 
-
Seu traço é mais denso, firme e hachurado que o exibido por Erica Awano no icônico Holy Avenger, não devendo em nada a mangakás aclamados como Akira Toryama em seu clássico Dragon Ball ou a Nakaba Suzuki com o recente The Seven Deadly Sins. Vale mencionar que o Lobo Borges é um fã de Tormenta que passou para o “outro lado” e agora também é um produtor de conteúdo, tendo Ledd como seu trabalho de estréia no mercado profissional. Um exemplo e inspiração para quem também almeja um dia trabalhar de alguma maneira com as obras que gosta. 
Em Ledd há a preocupação em quebrar alguns dos estereótipos mais tradicionais da fantasia e dos quadrinhos, sobretudo em relação às personagens femininas e posso destacar como exemplos a dona da Taverna do Ganço Afogado, Golinda, a vilã do Bando da Lança Rubra, Nina, e a própria protagonista Drikka. Algumas questões sociais também são abordadas, tais como o militarismo e a xenofobia de Yuden, o relacionamento inter-racial e a exploração da população por meio da fé. É ótimo saber que autores que você gosta e admira também se preocupam e estão atentos a estas demandas que além do óbvio papel social também propiciam obras mais ricas, criativas e inclusivas. 
-
Como não poderia deixar de ser, Ledd é repleto de referências aos jogos RPG e ao mundo de Tormenta. Um prato cheio para mestres e jogadores que buscam inspiração para rolar suas aventuras por terras artonianas. Aliás referências não só ao RPG! Música, games, animes e outros elementos da cultura pop engordam esta história de easter eggs. Você conseguirá encontrar todos? 
-
Os volumes encadernados trazem entre outros extras páginas iniciais coloridas pela Alyne Leonel, esboços e artes exclusivas, além de trechos do roteiro original e comentários dos autores. Levando tudo em conta, da arte ao roteiro caprichados, da trama envolvente aos personagens cativantes, da mistura de açao e fantasia, humor e drama, Ledd entrega muito mais do que promete e é diversão na certa e com qualidade! Eu particularmente prefiro esperar para ler a edição impressa, cuja periodicidade é anual, mas se você ficou curioso, pode começar a ler agora mesmo!


Golem e o Gênio: Uma Fábula Eterna

$
0
0


Os confrontos e as barreiras vividas por duas culturas tão próximas, ainda que aparentemente opostas.
Chava é uma golem, criatura feita de barro, trazida à vida por um estranho rabino envolvido com os estudos alquímicos da Cabala. Ahmad é um gênio, ser feito de fogo, nascido no deserto sírio, preso em uma antiga garrafa de cobre por um beduíno, séculos atrás.
Atraídos pelo destino à parte mais pobre de uma Manhattan construída por imigrantes, Ahmad e Chava se tornam improváveis amigos e companheiros de alma, desafiando suas naturezas opostas. Até a noite em que um terrível incidente os separa. Mas uma poderosa ameaça vai reuni-los novamente, colocando em risco suas existências e obrigando-os a fazer uma escolha definitiva.
O romance de estreia de Helene Wecker reúne mitologia popular, ficção histórica e fábula mágica, entrelaçando as culturas árabe e judaica com uma narrativa inventiva e inesquecível, escrita de maneira primorosa.
Titulo: Golem e o Gênio: Uma Fábula Eterna
Autor: Helene Wecker
Editora: Darkside Books
Páginas: 512 páginas


Golem e o Gênio, duas criaturas bem conhecidas por amantes de literatura fantástica mas que em geral são bem pouco exploradas em obras deste gênero. Este foi o principal motivo que me fez querer ler o livro de estreia da autora norte-americana, Helene Wecker, recentemente publicado no Brasil pela DarkSide Books.
-
Nos mitos e folclore judaico, um golem é um ser semelhante à figura humana trazido à vida por magia poderosa. Eles são fortes mas devem total obediência aos seus mestres e são normalmente feitos de argila. A Golem desta história é criada por Schaalman, um misterioso rabino envolvido com estudos alquímicos e Cabala, com o intuito de servir de esposa para Otto Rotfeld em sua nova vida do outro lado do Atlântico.
-
No Oriente Médio e na mitologia muçulmana, um gênio (ou também djin) é um espírito da natureza feito de chamas, e normalmente é invisível para os seres humanos. Há vários tipos deles, desde os mais pequenos e zombeteiros até os mais poderosos dignos de façanhas incríveis. O Gênio desta história é encontrado inesperadamente dentro de um antigo recipiente de cobre pelo latoeiro Arbeely. Ele fora aprisionado em uma frágil forma humana por um beduíno séculos atrás e não se recorda de seu passado.
-
O destino destas duas criaturas tão únicas e diferentes irá se cruzar na cidade de Nova York onde tentarão sobreviver, buscando encontrar o seu lugar no mundo e entender a natureza de suas próprias existências. Juntos eles irão descobrir que não são assim tão diferentes um do outro e que o destino de ambos está mais ligado do que podem imaginar.
-
Permeado de dilemas e contrastes que abrangem temas como a liberdade, os limites, o livre-arbítrio, a submissão, a amizade e o amor, o livro costura uma história rica e original, que nos instiga e cativa por mostrar o quão humano podem ser estes dois seres fantásticos. Os capítulos se alternam entre o casal de personagens principais, com algumas cenas em flashback mostrando cenas do passado no deserto sírio. Um quebra cabeças fascinante que vai sendo construído aos poucos e que permite envolvermos-nos emocionalmente com a sua resolução.
-
Além dos protagonistas, Helene Wecker também faz questão de desenvolver de uma forma magnífica e interessante o passado e a personalidade de muitos dos coadjuvantes. É um livro que não te deixa perdido em momento algum. Mergulhamos na mente e nos relacionamento de cada um deles. Pela ótima construção é difícil não sentir empatia, se questionar tal qual eles sempre fazem, além de torcer para que todos tenham o melhor dos desfechos. 
-
A ambientação é outro ponto forte do livro, que com uma forte pegada de romance histórico nos conduz por uma efervescente Nova York do final do século XIX. Os bairros, monumentos, ruas e pontos turísticos além das diversas comunidades e culturas que vieram a se estabelecer ali são muito bem retratados e explorados. O dinamismo do comércio, o fluxo constante de imigrantes e o cotidiano agitado da cidade fazem parte do enredo e enriquecem muito a leitura evidenciando toda a pesquisa realizada pela autora para recriar com fidelidade a atmosfera urbana daquela época.
-
Talvez o único ponto negativo é que a trama principal demora um pouco para engrenar, é preciso paciência para as muitas cenas cotidianas e boa parte do livro, pelo menos inicialmente, possui um ritmo lento. Não é um demérito visto que toda a construção e o desfecho valem muito a pena. Notei também pequenos erros de digitação que escaparam da revisão, mas nada que prejudique a experiência de leitura.
-
Golem e o Gênio vem em capa dura, com folhas amareladas, possui letras e arabescos metalizados nas capas e um marcador de páginas de cetim, além de vir com algumas fotos e imagens de época que ilustram bem a história contada. O texto possui um vocabulário sofisticado mas é escrito de uma forma agradável e conta com notas de rodapé para termos estrangeiros. Para quem quer fugir um pouco da fantasia mais tradicional sem perder aquele toque de magia e encantamento, além de embarcar numa viagem por culturas tão diferentes como a árabe e a judaica na mais cosmopolitana das cidades norte-americanas, eu mais que recomendo a leitura!



Os Portões do Inferno + Bônus

$
0
0
Os Portões do Inferno é o primeiro volume da trilogia Lendas de Baldúria, escrita por André Gordirro. A história acompanha um improvável time de protagonistas – verdadeiros párias que, por acaso, tem a chance de salvar o mundo – e sua jornada por cenários fabulosos e combates sangrentos.
O grupo é formado por Baldur, cavaleiro desertor, ferido e sem montaria; Derek Blak, segurança profissional salvo da morte lenta; Agnor, feiticeiro expatriado; Kyle, menor infrator; Od-lanor, bardo adamar; e Kalannar, assassino e caçador de recompensas svaltar. Culturas diferentes, raças rivais, temperamentos explosivos – uma equipe heterogênea, aparentemente destinada ao fracasso, mas que acaba cruzando o caminho da glória: são os únicos capazes de impedir a reabertura dos Portões do Inferno.
Com inspirações históricas, alegorias da sociedade contemporânea e muitas referências da cultura pop, a aventura que nasceu de uma campanha de RPG cresce para se tornar um conto épico, com muitas reviravoltas, narrado em um ritmo ágil e com um senso de humor apurado.
Título: Os Portões do Inferno
Série: As Lendas de Badúria - Livro 1
Autora: André Gordirro
Editora: Rocco - Selo Editoria: Fábrica 231
Páginas: 384


Quem me conhece do Coisas de Meninas, ou doMultiverso X, sabe que sou amante da literatura de fantasia e jogador de RPG inveterado, e livros como esse fazem parte da minha rotina de leitura. Quando a Lelê Tapias, do blog Tô Pensando em Ler, me convidou para fazer a resenha de Os Portões do Inferno, não tive outra opção a não ser responder: Nobre Senhora, aceito com gratidão a tua oferta. Prometo honrá-la e concluí-la com sucesso, e trazer a tua presença a recompensa merecida. Desde o início ela sabia que o livro iria me agradar, e não se enganou em nenhum momento. :)
-
Anos atrás, um grupo de aventureiros reunido pelo misterioso Ambrosius realizou um feito heroico: fecharam os Portões do Inferno. Kripinius e Danyanna foram coroados monarcas da atual Krispínia, tornando-se as pessoas mais influentes daquela parte do continente e, acima de tudo, os responsáveis por garantir que demônios jamais voltem a caminhar pela superfície. Porém correm rumores do avanço de uma tropa de svaltares – estranhos e temidos elfos das profundezas – em direção aos Portões. Tais relatos, a princípio, não parecem fazer sentido: uma das poucas certezas a respeito desses seres, afinal, é sua vulnerabilidade à luz. O que ninguém imagina, no entanto, é que eles estão dispostos a enfrentar o sol para enfim libertar as trevas.
-
Enquanto isso, se passados 30 anos do feito realizado pelo Deus-Rei e pela Suprema Magea, Ambrosius reúne seis homens em uma missão para resgatar um rei anão destronado. Os convocados são Baldur, cavaleiro desertor, ferido e sem montaria; Derek Blak, segurança profissional salvo da morte lenta (seria devorado por cães famintos e de dentes gastos); Agnor, feiticeiro expatriado; Kyle, menor infrator; Od-lanor, bardo adamar – espécie antes venerada, hoje em extinção –; e Kalannar, assassino e caçador de recompensas svaltar. Culturas diferentes, raças rivais, temperamentos explosivos – um grupo heterogêneo, aparentemente destinado ao fracasso, mas que acaba cruzando o caminho da glória: são os únicos capazes de impedir a reabertura dos Portões do Inferno.
-
Com uma narrativa ágil, extremamente fluida - marcada por pontos de humor e acidez - André Gordirro prova que mesmo com uma linguagem simples e acessível, sem se prender à descrições cansativas ou construções maniqueístas é possível nos entregar um épico de grandes proporções. O autor mostra domínio sobre a narrativa de aventura, onde a ação e o ambiente são elementos fundamentais, e nos conduz rápida e prazerosamente entre as páginas onde narração e diálogos se complementam no contar da trama.
-
Apesar leve no sentido ligado à fluidez da leitura, Os Portões do Inferno traz o que podemos chamar de "fantasia suja", com protagonistas amorais, e temas como sexo, violência,  palavrões, escravidão, cinismo e humor negro.
-
O desenrolar da trama, o comportamento humano dos personagens (principalmente os momentos de interação), os diálogos, tudo me mostrou o quanto o livro mimetiza muito bem uma aventura típica de RPG. O autor deixa clara a importância e influência do jogo de interpretação, qualquer um que já teve a mínima experiência irá notar isso antes de chegar aos agradecimentos no final do livro. É claro, aqueles que nunca nem chegaram perto de uma mesa de RPG irão se divertir durante a leitura, porém jogadores como eu terão um prazer a mais ao se deparar com detalhes e clichês típicos. Implicância e rivalidade entre personagens, discussões regadas a piadas, o clássico nome invertido para batizar o personagem (salve, Od-Lanor) e até aquele nome esdruxulo em um coadjuvante: não importa quantas vezes eu leia Na' Bun' Dak, só pronuncio Na Bunda (e não consigo deixar de imaginar se durante a mesa houve o dilema de levar Na' Bun' Dak' ou deixar Na' Bun' Dak').
Senti falta de mais protagonistas femininas, pois, tirando a Rainha Danyanna, nenhuma outra chama atenção. Porém compreendo que isso não tenha acontecido por mal, mas tenha se dado pelo fato da origem do livro ter se dado em uma campanha de RPG, e jogadores homens custarem a criar e atuar como personagens femininas.
-
A parte editorial do livro não apresenta nenhum detalhe grandiosamente digno de nota, mas ainda sim traz um trabalho muito bem feito. A diagramação é simples, com um tamanho de fonte agradável e um ótimo espaçamento entre linhas e, aparentemente, não há falhas na revisão. A capa do livro captura o clima da obra e no decorrer da leitura passa a ter um significado.
-
Eu só tenho a agradecer  a Lelê por esse presente, e ao André Gordirro por me entregar esta aventura envolvente e divertida que me fez lembrar dos bons momentos narrando histórias e interpretando personagens. Os Portões do Inferno, primeiro livro das Lendas de Baldúria, irá te apresentar um mundo novo repleto de aventuras e emoções, com seus personagens únicos e cativantes, e te deixar desejando o próximo antes mesmo de chegar à última página. Sem sombra de dúvidas um livro de fantasia daqueles perfeitos até para quem não é chegado ao gênero.
Bônus:
“Zenibar, uma pérola negra em um mar escuro. Nas entranhas da Cordilheira dos Vizeus, a cidade dos svaltares — os elfos das profundezas — ocupava uma caverna colossal, uma mancha praticamente invisível no breu, que era rompido apenas ocasionalmente pela luz bruxuleante de braseiros e incensos, acesos por motivos místicos. Proteções, rituais, pactos — os svaltares invocavam poderes sobrenaturais para quase tudo no cotidiano de sua sociedade subterrânea. Mas o objetivo que levava Vragnar a entrar em sua câmara de conjuração não era nada mundano, como causar a morte de um desafeto ou reforçar a barreira mística de seus aposentos. Ele desejava entrar em contato com um demônio de outra dimensão.”
Um demônio em busca de vingança. Svaltares querendo conquistar o mundo. Neste spin-off de Os portões do inferno, conheça o lado mais perverso e temido dos seres que habitam Zândia e anseiam pelas trevas eternas. O nascimento da conspiração que fez surgir seis improváveis heróis, os protagonistas das Lendas de Baldúria.
Título: Um Chamado do Inferno
Série: As Lendas de Badúria - Livro 0.5
Autora: André Gordirro
Editora: Rocco - Selo Editoria: Fábrica 231
Páginas: 9




Um Chamado do Inferno é um conto disponibilizado gratuitamente na Amazon que se passa no mesmo universo do romance resenhado acima, mas poderia muito bem ser parte integrante por sua ligação direta com os acontecimentos narrados nele. Tão bem escrito quanto o livro, o conto nos mostra um pouco mais sobre a cultura cidade svaltar, e sobre o planejamento que leva a ação decorrida em Os Portões do Inferno.
-
Apesar de curto o texto pode entregar detalhes importantes da trama e estragar alguma surpresa vindoura, mas ainda sim recomendo a leitura antes da obra principal. O texto serve muito bem de aperitivo, tanto para a trama de Os Portões do Inferno, quanto para a escrita de Gordirro.


O Último dos Guardiões - Insurreição

$
0
0
Um Reino em paz...
A sociedade é governada por um conselho igualitário...
As guerras há muito tempo terminaram...
Mas quando a cobiça pelo poder fala mais alto... Eclode uma batalha sangrenta, como nenhuma outra antes.
Uma guerra que durara vinte anos fora vencida por um feitiço arcano, libertando um mal hediondo na terra. Milhares de vidas foram sacrificadas para que a ânsia de poder de alguns fosse saciada. Uma cidadela fora erigida para treinar novos guerreiros e fazer frente à ameaça.
Após anos de batalha um guardião veterano acredita que poderá enfim deixar a frente de batalha, mas um acordo doentio destrói suas esperanças.
Conseguirá este guardião se reerguer, combater o poder instituído e ainda ajudar seu povo a erradicar os exércitos infernais?
Título: O Último dos Guardiões - Insurreição
Autor (a): João Paulo Silveira
Editora: Novo Século - Selo: Novos Talentos da Literatura Brasileira
Número de páginas: 368




O Brasil de pouco em pouco vai dando espaço para o surgimento de novas obras no mercado de fantasia. Mas se engana que apenas os nomes mais populares sabem produzir tramas interessantes e universos fantásticos: é preciso olhar ao redor para perceber novas oportunidades. Como bom amante da fantasia, não preciso nem dizer que estou sempre atento ao nicho - tal qual uma águia a espreita da lebre correndo no campo - e assim descobri a obra sobre qual falaremos nessa postagem.
-
O Reino de Kor viveu anos de anos de paz sob o comando do conselho formado pelos representantes das principais castas que dividem a sociedade. Os Avantes são especialistas e combate, os Mentales conhecedores da magia, os Biontes mestres da cura e os Guardiões especialistas na arte da defesa. Toda a estrutura funcionava bem até que a cobiça de alguns falou mais alto que o bem estar de muitos. Assim a guerra teve início, mas dentro em pouco o inimigo mudaria...
-
Cegos pelo desejo de vencer de uma vez por todas a batalha contra os Guardiões, Avantes e Mentales concordam com um preço caro demais: um pacto com o demônio Balkatar, que como preço cobra uma alma para cada Guardião morto. Eles aceitam. Só não sabiam que Balkatar usaria as almas para criar espectros demoníacos e destruí-los.
-
Décadas se passaram sem que a guerra contra os infernais fosse vencida. A sociedade está reorganizada - os Guardiões quase não existem - e a guerra está exaurindo a força de todos, até que um dia, quando o Sol nasce vermelho, Balkatar propõe um acordo: cinco pessoas de cada uma das cinco cidades deveriam ser entregues aos espectros, como um sacrifício para que os ataques acabem. Galaniel, o decadente último Guardião - um homem infeliz e ressentido por acontecimentos do passado - é a única pessoa disposta a acabar com tudo de errado que vem acontecendo...
-
O Último dos Guardiões é narrado na terceira pessoa do presente de forma com que o leitor tenha a sensação de acompanhar tudo de forma imediata, tal qual um observador. O autor trabalha nos capítulos do livro de forma paralela o presente e passado de nosso protagonista, esclarecendo como tudo começou, como o último Guardião se tornou a figura decadente do início do livro, a história do pai e avó, e outros detalhes importantes para a compreensão do contexto geral da história e de seus personagens.
-
A escrita é boa, mas com a fluidez prejudicada por certo excesso de detalhamento. Isso não seria algo que me incomodaria (adoro detalhes), mas somada a narração feita no presente e a estrutura pouco ortodoxa dos diálogos (de forma corrida, em parágrafos quase únicos), fez com que demorasse a engrenar no clima. O cenário criado pelo autor é intrigante, com sua estrutura fantástica que faz lembrar um jogo de RPG.
-
Apesar de tratar principalmente da clássica "batalha do bem contra o mal" o autor não se prende a fazer personagens arraigados no maniqueísmo, permitindo que eles tenham falhas morais e fraquezas, não só os vilões. Além disso toda a dinâmica social em relação às castas permitem leves reflexões sobre o dia a dia.
-
Se você é daqueles que gosta de uma historia repleta de magia, demônios, guerreiros, bem contra o mal, esta é uma dica que vale a pena anotar para conferir e tirar suas conclusões. O Último dos Guardiões é uma história agradável e perfeita para uma leitura descompromissada, que provavelmente irá garantir a você uma boa viagem por um  universo fantástico coeso e bastante interessante.



Promoção Natal Literário

$
0
0


Oi pessoal!
Natal chegando e nada melhor do que uma promoção para comemorar, não é mesmo? O EF e mais 6 blogs baianos parceiros decidimos fazer uma super promoção de Natal. Serão 7 livros divididos em dois kits. O sorteio começa hoje (14/12) e termina dia 14/01, sendo o resultado divulgado no dia 15/01. Leiam o regulamento e boa sorte!

Prêmios:

Coisas de Meninas: Jardim de Inverno (skoob)
De Tudo um PouquinhoA Desconhecida (skoob)
Epílogos e Finais: Cidade das Cinzas (skoob)
Multiverso X: O Desafio de Ferro (skoob)
Papeletas: Eu Sou Deus (skoob)
Vida e Letras: Quem é Você, Alasca? (skoob)

KIT 1

a Rafflecopter giveaway
KIT 2


a Rafflecopter giveaway
Regulamento:
- Os ganhadores precisam ter endereço de entrega no Brasil.
- É necessário que os ganhadores sigam as regras estabelecidas no formulário.
- Os vencedores deverão responder e-mail confirmando seus dados em até 72h. Caso isso não ocorra, o sorteio será refeito.
- O prêmio será enviado em até 45 diasúteis após o envio do endereço.
- Cada blog é responsável pela entrega dos livros ao qual está disponibilizando pro sorteio.
- Nenhum blog será responsável por extravio, roubo ou perda ocasionada pelos Correios.
- A promoção é válida até o dia 13 de Janeiro de 2016.


Star Wars - Marcas da Guerra

$
0
0
O que aconteceu depois da destruição da segunda Estrela da Morte?
Qual o destino dos remanescentes do Império Galáctico e dos antigos Rebeldes, agora responsáveis pela fundação da Nova República?
Marcas da Guerra é o 1º livro do cânone oficial a mostrar o que acontece depois do clássico Episódio VI: O Retorno de Jedi, dando pistas sobre o que podemos esperar da nova trilogia que se inicia com o O Despertar da Força.
Nesse novo panorama galáctico, vamos descobrir que a guerra ainda não chegou ao fim... e que os traumas deixados por ela ainda serão sentidos por muitos e muitos ciclos. Capitão Wedge Antilles, almirante Ackbar, almirante Sloane, o garoto Temmin e a mãe, Norra Wexley, a caçadora de recompensas Jas Emari, o antigo agente imperial Sinjir: novos personagens e velhos conhecidos dos amantes da saga, que sempre estiveram envolvidos na luta, agora devem escolher o lado a que deverão jurar lealdade.
Deverão colocar-se ao lado da Nova República, procurando estabelecer um novo governo democrático na galáxia?
Ou juntar-se às fileiras imperiais, na tentativa de voltar ao poder absoluto depois das mortes dos lordes Sith Palpatine e Darth Vader?

Título: Star Wars - Marcas da Guerra
Série: Trilogia Aftermath
Autora: Chuck Wendig
Editora: Aleph
Número de Páginas: 464


Star Wars é nome de uma paixão que nutro desde a infância. Na verdade naquela época a franquia ainda era conhecida no Brasil pelo nome de Guerra nas Estrelas - antes da padronização internacional - e foi um dos responsáveis por me fazer amar a Ficção Fantástica e universos dispares repletos dos mais diversos retratos sociais, variações ambientais e biológicas. É claro, tudo começou de uma forma mais simples: um garoto fascinado pela Força e os ensinamentos de um Mestre Yoda ainda criado por efeitos práticos, nada digital.
-
Desde lá acompanhar aquela saga e conhecer todo o universo expandido que o envolvia se tornou um hobbie, mas ainda havia uma falha grave no meu "currículo" de fã: apesar de ter consciência de todo esse conteúdo além filmes, não havia eu mesmo pego um desses livros e lido. Tudo que eu sabia vinha da experiência de terceiros. É claro que eu precisava mudar essa situação, e a chance veio quando a Lelê Tapias - do blog Tô Pensando em Ler - me presenteou com uma cópia de Star Wars - Marcas da Guerra...
-
Após os acontecimentos narrado em O Retorno de Jedi, o Império Galático está mergulhado no caos. A segunda Estrela da Morte está destruída. Há rumores de que o Imperador e seu poderoso capataz, Darth Vader, estejam mortos. Na galáxia, alguns sistemas comemoram; em outros, facções imperiais apertam o cerco para manter o controle. E, enquanto a Nova República enfrenta as forças fragmentadas do Império, um solitário batedor rebelde descobre uma reunião imperial secreta ,liderada pela Almirante Rae Sloane, no planeta Akiva.
-
Capturado, a última esperança do Capitão Wedge Antilles reside em sua mensagem de aviso interceptada pela também piloto da Aliança Rebelde, Norra Wexley, que voltava à Akiva para rever o seu filho Temmin, um jovem que não aceita o fato de sua mãe tê-lo abandonado para se unir à causa rebelde. Dividida entre sua familia e seu dever, a piloto terá que decidir rapidamente a próxima ação antes de por tudo que se importa em risco.
-
Outros personagens entrarão nessa história para torná-lá ainda mais interessante. Conhecemos a caçadora de recompensas Jas Emari, cuja missão é capturar ou matar os líderes imperiais reunidos no planeta; e o ex-oficial imperial Sinjir Rath Velus, Agente de Lealdade do Império que se tornou desertor após a Batalha de Endor. Os quatro, com a ajuda de Senhor Ossudo - o dróide de batalha de Temmin, terão que trabalhar juntos para salvar o Capitão Antilles, capturar os líderes imperiais e impedir que os remanescentes do Império se reergam novamente.
-
Chuck Wendig trabalha muito bem a ambientação do universo de Star Wars atravéz de uma narrativa ágil e personagens bem construídos. As cenas de ação, assim com eventos narrados e localidades, possuem uma descrição bem competente e envolvente. Apesar disso, não me senti em Star Wars. Sabe?
-
Não me entenda mal, o livro é bom, mas a trama dos protagonistas podia ser ambientada em qualquer lugar. Por ser genérica, seus elementos podem ser substituídos com muita facilidade. Ao menos me senti assim. A questão é: a ambientação mostra muito do clima pós queda do Império - o clima político recebe uma visão mais moderna, profunda e reflexiva que o torna palpável - porém se eu mentalizasse um cenário de fantasia, ou distopia, ou ficção científica hard, a história também funcionaria.
-
Claro que, como eu já disse o livro traz uma trama boa, mas além disso o livro carrega muita coisa que para atiçar a mente dos fãs e curiosos do universo Star Wars. Tem muita referência! Muita mesmo! Além de Akiva, o pivô central da trama, Chuck Wendig nos leva para outras regiões da galáxia, como Corruscant, Tattooine, Saleucam 1, Chandrila, Theed, Naboo, entre outros. Há muito espaço pra explorar no universo, mas é a trama principal que te guia e ela não me pegou forte. Talvez mude alguma coisa no próximo, pois muitos dos segredos sombrio do império ficaram pra uma continuação. Ele termina com esse clima de: estou escondendo o jogo.
-
Acho que a intenção foi boa ao dividir o protagonismo entre diversos personagens, cada um com uma ligação com um lado da guerra, direta ou indiretamente. Porém se a intenção era essa, poderia ser feita através de contos. As "Marcas da Guerra" são mais visíveis nos interlúdios. Muito mais. Mais planetas, mais visões dos fatos, mais problematização da situação, além de ampliar o leque de possibilidades para novas aventuras a serem contadas nessa ou em outras mídias.
-
Apesar de não funcionar exatamente como uma ligação direta entre O Retorno de Jedi e O Despertar da Força, Marcas da Guerra cumpre o seu papel como entretenimento e fomentador de curiosidade sobre o universo de Star Wars, deixando aquele gosto de quero mais. Principalmente no que diz respeito às subtramas introduzidas nos interlúdios. Uma vez mergulhado nesse universo fantástico dificilmente você conse quirá sair.




João e Maria

$
0
0
O prestigiado escritor Neil Gaiman e o brilhante ilustrador Lorenzo Mattotti se encontram para recontar o clássico João e Maria. Familiar como um sonho e perturbador como um pesadelo, o conto narra a saga de dois irmãos que, em tempos de crise e falta de esperança, são abandonados pelos próprios pais e precisam enfrentar com coragem os perigos de uma floresta sombria.
Em um texto poético, Gaiman revive a tradição dos contos de fada, dando profundidade à aventura dos irmãos, mas sem abandonar a autenticidade e o talento único de mesclar realismo e fantasia que o transformaram em um dos maiores autores de sua geração. Mattotti, por sua vez, dá um ar inteiramente novo ao clássico. Seus traços criam um jogo de luz e sombra, permitindo que o leitor desvende aos poucos a imagem, assim como os segredos da história de João e Maria.
Título: João & Maria
Autor: Neil Gaiman - Ilustrador: Lorenzo Mattotti
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 56

Neil Gaiman nos conta a sua versão de um dos mais populares contos infantis neste pequeno livro. Curioso como um pouco de malícia adulta pode transformar um conto infantil em algo extremamente macabro. Ou será que o conto já era assim e apenas não percebíamos quando éramos crianças? Não sei! O fato é que tão logo soube desta publicação quis ler e revisitar essa história, além de querer saber como seria ouví-la sendo contada por um dos meus autores favoritos.
-
Talvez você se lembre que João e Maria são um casal de irmãos que vivem com seus pais nas margens de uma grande floresta e que numa situação crítica em que a pobreza se alastra e a fome se agrava, tornando-se parte do cotidiano desta família, o pai, um lenhador, e a mãe optam pela drástica medida de abandoná-los à própria sorte nesta floresta. Talvez você também se recorde de algo como marcar o caminho com pedrinhas, sobre encontrar uma casinha inteiramente feita de doces e guloseimas ou até mesmo de um final feliz...
-
A versão encontrada neste livro difere pouco daquela mais popularmente conhecida, é curta e pode ser lida rapidamente. Nem a velha má, nem o pai e a mãe, talvez o maior vilão da história seja mesmo a fome. É ela a grande culpada de todas as mazelas pelas quais João e Maria são obrigados a passar, inclusive o abandono por aqueles que mais deveriam amá-los e protegê-los. Triste, tocante e assustadoramente real.
-
Por conhecer o autor e saber da sua incrível capacidade criativa, confesso que esperava um pouco mais deste livro. Ele foi bem fiel a versão mais conhecida e difundida da fábula e embora tenha contado a história com a sua habitual maestria não trouxe nenhum elemento verdadeiramente novo para ela.
-
O livo conta com ilustrações de Lorenzo Mattotti feitas com tinta indiana, originalmente criadas para comemorar a produção Hensel & Gretel do Metropolitan Opera. Elas são densas e carregadas, transmitindo uma atmosfera angustiante e até claustrofóbica enquanto alternam as páginas com o texto. O enquadramento dos personagens nas cenas e a paleta escura e sombria usada parecem ter sido pensados para destacar toda a opressão dos cenários que eles visitam: da floresta em que se perdem à prisão na casa de doces da velha má.
As páginas brancas com o texto possuem um belo layout, com uma fonte agradável e letras capitulares em vermelho além de uma moldura decorada com flores criada por Annalise Olson. Estas páginas propiciam um contraste interessante de preto e branco ao serem intercaladas com as das ilustrações durante a leitura.
O livro se encerra com um texto extra contando como a fábula de João e Maria foi originalmente registrada pelos irmãos Wilhelm e Jacob Grimm, buscando mostrar suas origens históricas e enumerando as diferentes versões contadas pelo mundo além das aparições da fábula na cultura popular.
-
Para quem assim como eu é fã do autor e coleciona seus livros e quadrinhos, a edição da Intrínseca está impecável e vale muito o investimento. Em capa-dura com verniz e layout caprichado, seguindo o projeto original de Françoise Mouly e Jonathan Bennet, é um belo item para ter na coleção. Mas a história contada aqui, se assemelha muito com a que provavelmente você já escutou de seus país e avós, não espere por algo mais original se isto for a priori o que você procura.


Terra, Prata & Lua Cheia

$
0
0
Centenas de anos atrás, um embate sangrento entre nativos e invasores brancos armados até os dentes marcou a disputa por uma região no nordeste brasileiro. Para pôr fim à luta impiedosa, o Grande Caipora e a Iara, a senhora das águas, fizeram com que aquele pedaço de terra se descolasse do continente e passasse a vagar pelos rios do país, criando a lendária e mágica ilha flutuante de Anistia. Séculos depois, Anderson Coelho, o herói pré-adolescente da série O Legado Folclórico, descobre não apenas a localização da ilha, mas consegue adentrá-la e participar da grande competição entre organizações secretas que acontece periodicamente. Passa, então, a conhecer os segredos de Anistia, a saber sobre os sonhos que separam os vivos dos mortos, e a perceber a influência que os poderosos exercem sobre o povo. Porém, é tempo de lua cheia e ele terá de lidar com problemas que surgirão com ela e que ele nem suspeitava existirem.
Título: Terra, Prata & Lua Cheia
Série: O Legado Folclórico - Livro 02
Autora: Felipe Castilho
Editora: Gutemberg
Número de Páginas: 272


As marcas da aventura em São Paulo continuam vivas em Anderson Coelho. O garoto da cidade mineira de Rastelinho não consegue deixar de pensar no que passou, nos amigos que ajudou e no inimigo poderoso que fez. Principalmente porque as garras de Wagner Rios estão tão próximas da sua família.
-
Mais maduro e mais consciente, o jovem é convidado a participar de uma nova aventura junto com os membros da organização: um fórum em Anistia. Uma competição saudável e regular entre as outras "organizações" que entre outras coisas, premia seus vencedores com aposse temporária de um muiraquitã.
-
Antigamente, Anistia era um pedaço de terra no continente, lar de índios e criaturas fantásticas, até os brancos quererem apossar-se das terras começando um embate sangrento com os nativos. Para proteger os moradores e a natureza, o Grande Caipora e a Iara fizeram um trato e separaram esse pedaço de terra do continente, tornando-a uma ilha flutuante, destinada a navegar em qualquer rio do país.
-
Anderson e seus amigos achavam que teriam uma disputa agradável, interagiriam com outros membros de outras entidades secretas e se divertiriam pacas, mas não imaginavam que suas vidas cruzariam novamente com o magnata Wagner Rios. E o homem não poupará seus recursos para conseguir o que quer. Lobisomens são apenas uma pequena parcela do que está disposto a usar...
Felipe Castilho volta para nós com sua uma narrativa simples e fluida em terceira pessoa para acompanhar o desenvolvimento da trama e personagens, mas dessa vez trazendo ainda mais ação. Os diálogos, apesar de joviais e contendo bastante referências ao meio Geek e Cultura POP, são bem construídos e não se tornam artificiais ou forçados. Essa naturalidade auxilia a agilidade da trama, além de deixa-lá mais fácil de compreender.
-
Com uma trama muito bem trabalhada e que vai além do fator diversão (muita diversão para ser mais preciso), o autor cria uma trama que explora elementos da nossa cultura, normalmente tão renegada, os atualiza e os torna atraente para o público, sem desmerecer as origens. A aventura deixa o espaço urbano e se conecta com o espaço natural através da ilha de Anistia, e com ela o Legado Folclórico se amplia: novos mistérios, novos seres, e personagem são apresentados. Além das lendas, Castilho também aborda temas ecológicos de forma natural, conscientizando os leitores e tecendo críticas a sociedade atual. Nosso protagonista apesar de jovem precisa amadurecer e evoluir a todo instante para lidar com os novos conflitos que lhe são apresentados, e isso acontece física e mentalmente.
Do primeiro volume até aqui já houve um trabalho muito maior em relação ao personagens, tanto no amadurecimento do protagonista quanto na participação dos coadjuvantes (antigos e novos). Castilho reforça, incrementa e evolui seus personagens carismáticos, dando a eles novas características e histórias próprias, novamente destacando seus defeitos e limitações, mostrando que até os poderosos seres fantásticos e milionários gananciosos possuem as suas falhas.
-
Tal qual fiz questão de destacar na resenha do primeiro volume, o trabalho gráfico do livro é um show a parte, com decisões acertadas em cada etapa. E mais uma vez temos que dar os louros taos ilustradores Octavio Cariello  pela capa e ao Thiago Cruz pelas ilustrações do miolo que ajudam e muito a entrar no clima da obra, além de revelar um pouco além do que é descrito.
-
Para não dizer que achei o livro perfeito, devo dizer que senti falta de uma abordagem mais ampla ao redor dos jogos. Preferia que o desenrolar da história demorasse um pouco mais a acontecer, dando espaço para outros personagens se desenvolvessem e se envolvessem mais antes, das revelações de seus papeis na trama. Algo mais próximo do que acontece em Harry Potter e O Cálice de Fogo em termo de cadência de narrativa, talvez. É claro, isso é apenas uma observação sobre a minha experiência com a leitura, e de forma alguma tem intuito de diminuir o que foi apresentado. O Legado Folclórico é uma série que merece destaque por sua qualidade e conteúdo!
-
Volto a repetir: por ultrapassar o fator entretenimento, tratando muito bem de temas sérios e reavivar o trabalho com elementos da nossa cultura popular em uma linguagem mais próxima dos jovens, ouso dizer que a série Legado Folclórico poderia facilmente ser adotada por escolas. Felipe Castilho nos entrega uma obra deliciosa, que valoriza a nossa cultura e nos mostra que o Brasil tem muito a oferecer, tanto no quesito folclórico quanto em autores de qualidade como ele. Se não conhecia a obra e/ou o autor ainda, fica aqui o incentivo para que o faça em breve. Lerei meu Ferro, Água & Escuridão (terceiro volume da série), já aguardando pela conclusão da saga.

Eldritch Horror

$
0
0

O Fim do Mundo Se Aproxima! O mundo está à beira de uma catástrofe. O ano é 1926, e um ser ancestral de poder incomensurável ameaça despertar de seu longo descanso, deixando um rastro de morte e loucura. Cultos estranhos e monstros inomináveis geram caos em todos os continentes, enquanto a textura da realidade é rasgada, abrindo portais para mundos bizarros e desconhecidos. Apenas alguns poucos investigadores corajosos compreendem o que realmente está acontecendo. Essas bravas almas vêm de todos os cantos para somar suas habilidades e armas contra a ameaça do Ancião. Cabe a eles explorar os cantos mais remotos do globo, lutar contra criaturas atormentadoras que espreitam nas sombras e encontrar respostas para os antigos mistérios deste horror quimérico! Eldritch Horror é um jogo de aventura cooperativo de 1 a 8 jogadores inspirado no jogo best-seller Arkham Horror.
Titulo: Eldritch Horror
Produtora: Fantasy Flight (Americana)/ Galápagos Jogos (Nacional)
Criação: Corey Konieczka & Nikki Valens
Mecânicas: Cooperativo, Diferentes Habilidades, Movimento Ponto-a-Ponto, Narração de Histórias, Rolagem de Dados.


Literatura inspirando jogos de tabuleiro não é algo que seja novidade, inclusive falei sobre isso ao apresentar o Financiamento Coletivo de Quissama - O Império dos Capoeiras, jogo nacional inspirado na obra homônima do autor Maicon Teffen. No entanto não haja no mundo obras que tenham inspirado tantos jogos diferentes como as de Howard Philips Lovecraft. Sua literatura de horror e fantasia - especialmente os famosos Mitos de Cthulhu - se entranhou profundamente na Cultura Pop, inspirando  os mais variados produtos culturais (Filmes, Livros, Videogames, Etç). E é sobre um desses frutos que falaremos nessa postagem...
Em Eldritch Horror, de um a oito jogadores assumem o papel de investigadores que andam pelo mundo, trabalhando juntos, e devem resolver mistérios relacionados aos Grandes Antigos, seres indescritíveis cuja intenção é a destruição global. Nessa busca você pode reunir pistas, encontrar situações estranhas, lutar contra monstros e embarcar em expedições ousadas. Você tem a coragem de salvar o mundo?
Eldritch Horror é uma corrida contra o mal que se espalha pelo mundo. Você e um grupo de investigadores irão viajar para as principais cidades do mundo, desertos remotos, enquanto trabalham para evitar a destruição de toda a terra. Cada elemento do jogo é projetado para você mergulhar no tema da narrativa de horror e aventura mundiais. À medida que o jogo se desenrola, a narrativa tecida ao longo de cada elemento presente no jogo intensifica a tensão.
Ao colocar o jogo na mesa, montar o tabuleiro e encarar os diferentes baralhos disponíveis chegamos a nos assustar, mas apesar da aparente complicação Eldritch Horror é um jogo bastante simples e intuitivo. Em apenas três rodadas é possível entender o funcionamento da partida. O jogo é dividido em três fases: Ação, Encontros e Mito. Na fase de ação cada jogador pode realizar duas das seguintes ações: Na fase de ação cada jogador pode realizar duas das seguintes ações: Preparar Viagem (comprar bilhetes que permitam viajar  mais), Viajar (mover-se uma vez pelo tabuleiro), Descansar (recuperar de alguma dano sofrido ou um efeito negativo), Adquirir Recursos e Trocar Recursos. 
Na fase de encontros, os investigadores devem comprar uma carta do baralho de encontros ou enfrentar um monstro que esteja naquele espaço. Existe um total de oito baralhos de encontros - América, Europa, Ásia/Austrália, genéricos, de outro mundo, expedição, especiais e de pesquisa - e cada um deles apresenta uma possibilidade desafio diferente a ser resolvido.
Por fim, na fase de mito o jogador que controla o investigador-chefe revela uma carta de um baralho específico configurado durante a montagem do jogo, chamado de Baralho de Mito, e é a vez das coisas ruins acontecerem. É nessa fase que o jogo se regula, como uma Inteligênncia Artificial, e provoca diversos efeito: como o que faz avançar o relógio de que marca a destruição do mundo, que pode fazer aparecer novos portais e novos monstros, aparecer novas pistas e gerar novos problemas. É aqui que o verdadeiro desafio e cada surpresa pode mudar a estratégia dos investigadores e distanciá-los da resolução dos mistérios do ancião.
No início da partida, um dos jogadores é nomeado como investigador chefe. Com isso passa a ser afetado por diversos efeitos de jogo (positivos e negativos) e também fica responsável por gerenciar a Fase de Mitos. Cada jogador escolhe, ou sorteia, uma ficha de personagem que contém as informações básicas na parte da frente, como as cinco proficiências (Conhecimento, Influência, Observação, Força e Determinação), sua ação de componente e habilidade passiva e também seus pontos de Sanidade e Saúde. O verso da ficha contém um breve histórico do personagem, seus recursos iniciais, local de início no jogo e como proceder em caso de morte (zero de vida) ou loucura (zero de sanidade). São doze personagens disponíveis e cada um deles dá ao jogador diferentes possibilidades de jogo. Uns são mais combativos, outros são melhores em dar suporte do que agir, outros são bons com feitiços, etç.
O jogo é cooperativo - ou seja todo mundo ganha ou perde junto - e a dificuldade é ajustada conforme o número de jogadores e a escolha do ancião. Para vencer o jogo, os investigadores precisam desvendar três mistérios do ancião antes que ele desperte. Estes mistérios são revelados um por vez de forma aleatória. Cada ancião - 4 disponíveis no jogo básico (Cthulhu, Azathoth, Yog-Sothoth ou Shub-Niggurath) e 1 na Expansão (Yig) - possui um baralho de mistérios específicos e cada carta, quando revelada, traz algumas ações que os jogadores precisam realizar para solucionar o mistério. Um exemplo de mistério é o “Migração das Serpentes” do ancião Yig, onde os jogadores têm que viajar até o espaço de Expedição, resolver um Encontro de Pesquisa, gastar uma Pista adquirida como recompensa desse encontro e, ao fim da Fase de Mito gastar um número de pistas igual ao numero de sogadores para solucioná-lo.


Apesar do jogo oferecer apenas uma forma de vencer - resolvendo os três mistérios do Ancião, um de cada vez - são várias as formas de perder. Pode até parecer frustrante - até seja para quem faz questão de  apenas vencer - mas Eldrich Horror é mais do que um jogo desafiador. O jogo estimula a interação entre os jogadores, e a temática e a mecânica contribuem para uma imersão dentro do clima que mesmo ao perder você se sente bem. 
Pode ter certeza que não será na primeira partida que você irá salvar o mundo. Na verdade talvez não seja nem mesmo na décima, mas é garantido que em todas elas você vá encontrar um desfiante e empolgante embate que irá deixá-lo distraído por horas e satisfeito ao fim da partida. 



Lançamentos do Dragão - Dezembro

$
0
0


Dezembro chegou e já está quase indo, mas ainda dá tempo de você conhecer as novidades da Editora Draco.
-
Confira alguns títulos!
Doença, sofrimento e morte. Com a peste negra assolando a Europa, os poderosos da Igreja e da nobreza têm de encontrar alguém para acusar, fazendo o povo odiar um mal em comum. Só assim conseguirão manter o controle. E claro, os culpados sempre são os demônios. Os culpados somos nós.
O Despertar da Fúria é o quarto romance da Série Tempos de Sangue, de Eduardo Kasse, e narra como a terrível doença foi a causadora de histeria e milhares de mortes pela Europa medieval.
Vinda do continente pelo mar, a praga se espalha rapidamente pela Inglaterra, assim como as pilhas de corpos retirados dos casebres, das catedrais e dos castelos. A morte não faz distinção: ceifa a vida de jovens saudáveis e de velhos decrépitos com o mesmo ímpeto. Ricos ou pobres, não importa.
E, em meio ao medo e à descrença, Harold Stonecross continua seu caminho pelas sombras, sedento pelo cada vez mais escasso sangue fresco e puro. Contudo as trevas também se abaterão sobre o imortal, não pela doença, mas pelas mãos dos seus algozes, enquanto poderes ancestrais se reúnem na Inglaterra a fim de traçar o destino deles e da humanidade.

A luz esconde. A escuridão revela.
Aphriké é o nome de um planeta fadado à luz interminável. Um planeta considerado o único do universo, e habitado por uma raça telepática que desconhece o sono, o sonho e a privacidade. Convictos da eternidade de seu mundo, os aphrikeianos não desconfiam que tudo foi criado por R’av, um ser com poderes cósmicos e obcecado pela ideia de perfeição.
Mas mesmo um deus pode errar. Sobretudo se for um deus aprendiz e que desconhece o que realmente é.
Aprisionados a uma maldição alardeada por bárbaros liderados pela feroz Lah-Ura, os aphrikeianos nem desconfiam que seu paraíso está prestes a ser arruinado. Até que nasce uma aberração: um menino capaz de dormir. Uma pessoa capaz de, através dos sonhos, entrar em contato com Outromundo, um planeta como Aphriké, mas iluminado por um único sol amarelo. Considerado deficiente, este menino precisará se unir à letal Lah-Ura para, juntos, revelarem a verdade oculta da criação de Aphriké. Uma verdade que a luz esconde, mas que a escuridão revelará.
O Esplendor é um romance imaginativo e envolvente de Alexey Dodsworth. Quando a luz oculta a verdade, só um mergulho aos sonhos pode iluminar o mundo que nunca se apaga.
Rolezinho, periferia e… fantasia medieval?!
Em um mundo habitado por elfos, orcs, anões, gnomos e outras criaturas fantásticas, o reino de San Paolo é repleto de problemas. A Milícia Pública combate o crime e tenta manter a ordem, mas quando alguém precisa resolver algo para valer, é melhor chamar um zika!
Conheça Barone, um orc cansado de ser apenas um ajudante geral de um boteco na periferia e pretende ser o maior zika que o reino já viu. Para isso, conta com a ajuda do anão hipster Muralha, da orc cabeleireira Latiffa e do gnomo mal-humorado Jay.
Zikas é escrito por Alessio Esteves e Raphael Fernandes, e ilustrado por Junior Ferreira. Uma verdadeira paródia da vida nas grandes metrópoles brasileiras, com raças e classes sociais que seriam cômicas se não fossem trágicas.
Vivencie batalhas épicas ao som de funk ostentação, explore masmorras que são shoppings e aprenda a lidar com as autoridades. Humor, aventura e muito jeitinho brasileiro!

Porque o verdadeiro amor precisa ser visto
Boy’s Love ou yaoi são apenas formas de descrever o fenômeno que surgiu no Japão e conquistou o mundo. Histórias cheias de sensibilidade e afeto, protagonizadas por rapazes em relações homoafetivas, um universo onde as sensações são intensas e a paixão fala mais alto a cada frase. E depois do sucesso da coleção Boy’s Love, agora com a imersão visual que só os mangás permitem.
Neste primeiro volume de Boy’s Love em Quadrinhos, prepare‑se para testemunhar esses casos que podem ser aconchegantes como um abraço esperado ou quentes como um beijo roubado. Amores que vêm do espaço ou fantasias que são mais palpáveis que as palavras podem expressar. A tensão de não entender o coração daquela pessoa especial, mesmo que ela não exista mais.
Organizada por Tanko Chan, que também participa ilustrando uma história, essa antologia traz lindas HQs por Rita Portugal, Talles Rodrigues, Márcio Moreira, Kurama-Chan, Yuu, F. Steffens, M. Steffens, Guilherme Smee, Ju Loyola, Blanxe e Raquel Sumeragi.
Prepare-se para experimentar sensíveis e inesquecíveis casos de amor. Narrados com a magia dos mangás, mas sempre com o mistério nas entrelinhas das palavras.


Conto da série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.
Não há vencedores numa guerra: a dor e o sofrimento permanecem mesmo depois que as batalhas acabam. Essa é a história de como as trevas dominaram Amalina, uma jovem esforçada e de bom coração, na época em que a França começava a ser delineada.


Conto de Ana Lúcia Merege, autora de O Castelo das Águias. Uma participação especial para a série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.
No Vale do Indo, há 4.000 anos, a jovem Gauri recebe de um deus a incumbência de salvar sua cidade. No entanto, a intolerância dos anciãos pode obrigá-la a um perigoso jogo entre a morte e a vida eterna.


A Editora Draco deseja a todos os amigos, parceiros e leitores um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de sucesso e boas leituras!
-
Até 2016, galera!



O que o ano do futuro trouxe pra nós?

$
0
0
2015, o aguardado ano do futuro chegou ao fim. Para muitos esse não foi um bom ano, muito falou-se sobre crise financeira, política, atentados e mortes. Outros não sentiram - ou pouco sentiram - a presença dessa nuvem negra pairando por aí. A verdade é que para nós o ano foi proveitoso, apesar dos pesares e não acho que dê para reclamar, muito pelo contrário. Não tivemos Hoverboars e Nikes automáticos, mas tivemos conquistas pequenas ou grandes que valem a pena agradecer.
-
Abri as atividades do ano de 2015 comemorando a postagem de número 100, agradecendo aos amigos que apostaram no blog - como leitores ou parceiros - e fazendo planos para o ano. Por isso acho justo terminar o ano com um balanço com o que foi prometido e o que foi realmente cumprido.
-
Primeiro vamos recordar quais foram essas promessas:
1 - Produzir mais postagens interativas como responder TAGs.
2 - Firmar parcerias proveitosas não apenas para o blog, mas para o leitor. Afinal, conhecimento deve ser compartilhado e não restrito.
3 - Regularizar as postagens do blog, mantendo postagens às segundas, quartas e sextas. E, que sá, amplia-las.
4 - Criar novos conteúdos e reforçar as colunas que valorizam iniciativas e trabalhos de artistas dos diversos campos de trabalho. Isso inclui um projeto para criação de podcast, falar mais sobre quadrinhos, RPG e jogos de mesa, mas por enquanto nada em vídeo.
5 - Encontrar pessoas dispostas a integrar a equipe da Interlúdio, afinal não existe Capitão sem tripulação. Além de que, mais pessoas adicionam variedade de ideias e conteúdo ao blog.
Olha, conferindo assim por alto até que fomos bem. Nossas metas foram bem comedidas, simples de cumprir, mas vamos ao balanço detalhado para ver a situação:
1 - Produção de postagens interativas: Vou confessar que essas não foram tantas quanto desejava que fossem, mas superaram o número do ano anterior. Portanto, em teoria, foram produzidas mais postagens interativas em 2015. =P
2 - Firmar parcerias proveitosas: Apesar da nossa única parceria formal ser com a Draco - e somos gratos pela confiança - tivemos muitos parceiros que passaram por aqui e contribuíram com conteúdo e promoções. A própria Jambô Editora nos cedeu prêmios em total boa fé e confiança em nosso trabalho.
Tivemos outros que chegaram em contato para projetos futuros, alguns que nos deram a oportunidade de conhecer o trabalho de forma antecipada, e outros que buscavam apenas divulgação. O importante desse processo foi ver que conseguimos um alcance maior durante o ano e que podemos alcançar mais. A meta foi cumprida e novas metas foram estabelecidas para 2016.
3 - Regularizar as postagens do blog: Essa parte foi fácil, a não ser em semanas especiais mantivemos o número de postagens semanais em três e deixamos os planos de ampliar para quatro para 2016.
4 - Novos conteúdos e reforçar as colunas de valorização de iniciativas e artistas: Vou começar falando da parte em que pecamos; apesar da tentativa acabamos valorizando algumas iniciativas mais que outras. Os financiamentos coletivos ganharam bastante espaço dando vez a jogos, livros e HQs, mas o Ilustraverso ficou um pouco em abandono e isso precisa ser corrigido. Além disso o prometido podcast acabou se postergando devido diversos embaraços técnicos relativos à postagem que não conseguimos solucionar. Chegamos a trabalhar formatos e conteúdos, e até gravamos um "beta" informal e editamos, mas não deu para 2015.
Por outro lado quadrinhos, RPG e jogos de mesa, cresceram em aparições chegando a ter mês especial dedicado ao maior cenário de RPG do país. Temos muito a melhorar, mas estamos no caminho certo.
5 - Encontrar pessoas dispostas a integrar a equipe da Interlúdio: Essa parte foi cumprida com a entrada do Airechu para a equipe, e foi uma excelente aquisição. Mais que um companheiro de trabalho, consegui um amigo bacana para bater um papo e que mergulhou de cabeça na ideia (já bancou sorteio pro blog e tudo mais). Senhor Navegador Airechu obrigado pela ajuda nessa jornada pelo Multiverso!
Além disso tivemos gente querendo fazer parte da equipe: a Carol Valeriano nos surpreendeu com um contato mostrando interesse em integrar a tripulação. Nós estamos abertos de portas abertas para todos que queiram fazer parte dessa brincadeira, basta se aproximar e interagir com a gente através dos comentários/redes sociais/email para que as coisas fluam naturalmente. Então Carol, ainda tem espaço pra você e quem mais se interessar!
É claro, gostaríamos de fazer mais; fazer um número maior de postagens, trazer mais ideias para serem apoiadas, novos sorteios, apresentar novos autores, artistas e conteúdos. Mas espera aí! Temos um novo ano inteiro para fazer isso, porquê não começar com o aniversário de 2 anos do blog vem chegando aí? 
-
Não posso deixar de novamente agradecer aos leitores (assíduos e esporádicos), principalmente os que comentam e trazem mais conteúdo às discussões. Aos novos leitores: sejam bem-vindos e voltem sempre. Que 2016 seja um ano bom para todos nós! Um feliz ano novo!


TAG: 16 Livros Para Ler Em 2016 - Airechu

$
0
0

Estamos na fatídica época em que fazemos aqueles inúmeros balanços pessoais do que fizemos ao longo do último ano e começamos a traçar os planos e metas para o que se inicia. Fiquei muito satisfeito com meu desempenho como leitor em 2015. Quase consegui dobrar a quantidade de livros lidos com relação à 2014 e para 2016 espero ler ainda mais. Fui marcado pelo Ace, lá no blog Coisas de Meninaspara responder a tag 16 Livros para Ler em 2016, cujo objetivo é justamente revelar algumas das escolhas de leituras que pretendemos realizar ao longo deste ano.
-
Preciso contar que exceto por fixar uma quantidade mínima total de livros por ano, ou um número mínimo de páginas para ler por dia, eu não sou de me prender a metas ou listas definitivas de livros para ler. Deixo as opções em aberto e vou preenchendo conforme me dá vontade. Brinco que são os livros que me escolhem. As vezes você está simplesmente admirando a estante e ouve aquele chamado do maior calhamaço da fila do Vou Ler, aí tem mais é que aproveitar a oportunidade e mergulhar de cabeça, não é? Sem mais delongas vamos às minhas escolhas, começando daqueles que falam de “finais”:

O Fim da Eternidade - Isaac Asimov (Aleph, 2007): tido como um dos melhores livros sobre viagem no tempo de todos os tempos (será?) este clássico de sci-fi de Asimov é promessa de leitura antiga. Deste ano não passa!
-
O Fim da Infância - Arthur C. Clarke (Aleph, 2015): neste outro clássico da ficção científica, a espécie humana descobre que não está sozinha no universo com a chegada de seres extraterrestres ao nosso planeta. Tido como uma crítica aos vultuosos investimentos bélicos das grandes potencias mundiais, o livro traça uma realidade que beira a utopia ao mostrar as mudanças advindas da chegada de tais seres expondo nossa imaturitade diante da grandeza do cosmo. Não precisa de mais, não é?
-
O Fim da Terra e do Céu - Marcelo Gleiser (Companhia de Bolso, 2011): ciência e religião são quase sempre dois temas conflitantes e auto-excludentes mas Gleiser tem uma visão mais moderada e deixa isto transparecer em seus livros cujo teor é em sua maior parte multidisciplinar. Aqui ele aborda a questão do “fim dos tempos” e de como essa ideia de finitude inspira não só a ciência e a religião como outras expressões da cultura e do saber humano, incluindo a arte, o cinema e a literatura. Um ensaio cabeça para chacoalhar as ideias é sempre bem vindo!
-
O Evangelho Segundo Jesus Cristo - José Saramago (Cia das Letras, 1991): só de ver o nome do autor já não dá a impressão de que é coisa muito boa? Fiquei particularmente interessado nos seus livros pelas sinopses e pelas premissas ousadas. Adoro releituras dos textos bíblicos e quero saber visão dele sobre um dos personagens mais influentes destes últimos dois milênios. E tem aquele outro sobre Caim também...

A Guerra dos Consoles - Blake J. Harris (Intrínseca, 2015): se hoje temos Playstation versus Xbox brigando pela atenção dos gamers a cada novo anúncio e lançamento, na década de 90 o domínio do mercado de videogames era travado por outras duas gigantes: a Sega e a Nintendo. Este livro promete contar com riqueza de detalhes os bastidores (com direito a muito jogo sujo) destas duas empresas icônicas e constantemente lembradas pelos seus mais famosos personagens: Sonic e Mario. Aquele 1% gamer…
-
Criação Imperfeita: Cosmo, vida e o código oculto da natureza - Marcelo Gleiser (Record, 2010)mais um livro do Marcelo Gleiser, mas poderia ser também um do Carl Sagan! Considerado como uma continuação de seu primeiro livro, A Dança do Universo que li ano passado, Criação Imperfeita foca em desconstruir a imagem que costumeiramente temos de uma beleza simétrica e perfeita da Natureza. Em suas páginas, o livro promete abordar as mais modernas teorias da física e da cosmologia bem como confrontar ideias ateístas das mais radicais (indireta para você mesmo, Dawkins). Quero ver o circo pegar fogo...
-
Star Wars: A Trilogia - George Lucas, James Kahn, Donald F. Glut (DarkSide Books, 2014): só eu que nunca assisti Star Wars? Sim só tu! Diferentão! Exclusivo! O Alienado das Galáxias! Conceitual! Grão de poeira cósmica no infinito! Zoeira com memes à parte, realmente eu nunca vi, mas pretendo consertar isso em 2016 e acho que este livro da DarkSide Books é um bom pretexto!
-
Deuses Americanos - Neil Gaiman (Conrad, 2011): não poderia faltar Neil Gaiman numa lista como esta não concordam? Deuses Americanos é tido como o seu melhor e mais denso romance. Quero tirar a prova este ano!

Michelangelo: Uma Vida Épica - Martin Gayford (Cosac Naify, 2015): me comprometi a ler pelo menos uma biografia por ano e apesar de ter outras em vista aqui, esta sobre o famoso artista renascentista italiano me atiçou a curiosidade em parte pelo trabalho editorial e gráfico belíssimo da editora Cosac Naify e também por tratar de arte. Não tenho quase nenhuma familiaridade com este assunto e acredito que vou aprender muitas coisas novas e diferentes com esta leitura.
-
Antologia da Literatura Fantástica - Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges, Silvina Ocampo (Cosac Naify, 2013): assim como biografias, também faço questão de ler pelo menos uma antologia por ano. Esta com mais de 40 textos selecionados pelos renomados escritores ali acima promete ser mais uma excelente leitura. Espero conhecer novos autores e ampliar meus horizontes para obras de fantasia menos tradicional.
-
Contos Inacabados: De Númenor e da Terra-média - J. R. R. Tolkien (WMF Martins Fontes, 2009): certa vez me disseram que você só se torna realmente um fã de Tolkien após ter lido a tríade de obras O Hobbit, a trilogia O Senhor dos Anéis e O Silmarillion. E que Contos Inacabados seria o próximo desafio óbvio e te colocaria numa graduação superior à de fã comum. Talvez até seja assim mesmo ou isso não passe de uma grande bobagem, mas particularmente estou mesmo é interessado em ler mais sobre a Galadriel, que protagoniza um capítulo inteiro aqui. Além do mais, voltar a Terra-média é uma constante necessidade!
-
A Menina Submersa: Memórias - Caitlín R. Kiernan (DarkSide Books, 2014): um livro elogiado por Neil Gaiman não pode passar despercebido por mim, mas confesso que o que me instigou a querer lê-lo foram os comentários sobre se tratar de uma história com protagonismo exclusivamente feminino e os muitos elogios no quesito representatividade, uma pauta importante e que merece espaço não apenas nas discussões de internet. 

O Incêndio de Tróia - Marion Zimmer Bradley (Imago, 2010): me encantei com a forma como Marion Zimmer Bradley contou a saga do rei Artur na quadrilogia As Brumas de Avalon e fiquei curioso para ler e conhecer outras obras dela. Em O Incêndio de Tróia a premissa é recontar o conflito mitológico entre as cidades-estado de Atenas e Tróia, eternizado no poema épico Ilíada de Homero. Altas expectativas com ele!
-
O Rei do Inverno: Trilogia As Crônicas de Artur vol.1 - Bernard Cornwell (Record, 2012): e por falar em rei Artur, fiquei curioso também para conhecer a versão do Bernard Cornwell, autor britânico cuja escrita é comparada costumeiramente à de um dos meus autores brasileiros favoritos: Leonel Caldela. Dizem que aqui o foco é mais nas grandes batalhas campais, parte que Marion Zimmer Bradley preteriu às intrigas palacianas. Em 2016 a espada sai da pedra de novo…
-
Ferreiro de Bosque Grande - J. R. R. Tolkien (WMF Martins Fontes, 2015): mais um trabalho do senhor da fantasia, saído de seu aparentemente inesgotável baú dos tesouros. Lançado no Brasil no finalzinho de 2015, trata-se de um conto de fadas e mais uma porção de extras relativos à ele, desde ilustrações até ensaios e manuscritos originais.
-
Dragões do Crepúsculo do Outono : Trilogia As Crônicas de Dragonlance vol.1 - Margaret Weis, Tracy Hickman (Devir, 2003): quando se fala em romances inspirando cenários de RPG, as Crônicas de Dragonlance provavelmente são o exemplo mais popular e conhecido. Na verdade tanto cenário quanto obra literária são partes inerentes de um mundo que já nasceu sob esse viés multimídia. Pisarei por lá neste ano também!
Acho que fiz escolhas bem ecléticas incluindo livros variados que vão da fantasia e ficção científica à obras de não-ficção, incluindo alguns dos meus autores favoritos e livros curtos e longos. Olhando agora só senti falta de algum clássico brasileiro mas ainda dá para incluir muitos outros ao longo dos próximos meses e esta não é uma lista definitiva de modo algum.
-
Não vou marcar ninguém, mas sintam-se à vontade para responder a Tag em seus respectivos blogs (avise que passamos por lá!) ou comentando abaixo. É isso! Gostaram da minha lista? Já leram ou também vão ler alguns deles este ano? Contem aí nos comentários! ;)


Quissama - O Império dos Capoeiras - O Livro

$
0
0
Rio de Janeiro, dezembro de 1868.
O moleque Vitorino Quissama foge da senzala para procurar a mãe desaparecida. Recorre ao viajante Daniel Woodruff, ex‑agente da Scotland Yard que pode ajudá‑lo em sua missão. Transitando entre os salões da corte e as precárias moradias dos cortiços, a dupla terá de enfrentar os perigos e as injustiças de uma sociedade sustentada pelo trabalho escravo.
Baseado nos manuscritos de Daniel Woodruff (1832-1910), O Império dos Capoeiras reconstitui a saga de uma cidade dividida pela guerra secreta dos Nagoas e Guaiamuns, duas das maiores e mais temidas maltas do século XIX. Numa época em que o escritor José de Alencar era Ministro da Justiça e o Império do Brasil destinava todos os seus recursos à Guerra do Paraguai, Woodruff mal podia imaginar que, por trás da busca pessoal de Vitorino, insinuava‑se uma conspiração que mudaria os rumos da nossa História.
Título: Quissama - O Império dos Capoeiras
Autora: Maicon Tenfen
Editora: Biruta
Número de Páginas: 308


Há alguns meses atrás me deparei com o financiamento coletivo de um boardgame - um jogo de tabuleiro - com produção e temática totalmente brasileira; o tal jogo trazia elementos históricos e culturais da época do Brasil Império e falava de um Rio de Janeiro ainda colonial, com escravos capoeiras e disputas por influência. O melhor de tudo fora saber que ambientação que norteava a temática do jogo era um livro homônimo: Quissama - O Império dos Capoeiras.
Curioso com tudo aquilo, logo tratei de apoiar o projeto adquirindo um pacote especial que me dava direito ao jogo e ao livro, e logo indiquei ao Marcos de Souza do Desbrava(dores) de Livros - que logo leu e adorou (e de quem tive o desplante de roubar as fotografias para ilustrar a postagem) - e também trouxe a dica aqui para o blog. Possa ser que não a tenha conferido naquele momento, mas recomendo agora aproveitar esta nova chance...


O ex-agente da Scotland Yard, Daniel Woodruff, está aproveitando os seus últimos dias no Rio de Janeiro. Suas aventuras por aqui renderam-lhe reconhecimento e prestígio entre o povo e os mais abastados após desvendar o mistério por trás do desaparecimento de uma querida atriz de teatro. Porém não o suficiente para que um Barão permitisse que se engraçasse com sua filha.
Enquanto afogava as mágoas e se despedia de Araújo e sua bodega, o inglês é completamente surpreendido com a aproximação de um jovem capoeira com um pedido inusitado. O garoto de nome Vitorino Quissama, buscava o paradeiro de sua mãe, escrava vendida por seu antigo proprietário, e oferecia um caríssimo colar como recompensa. Ciente de que o jovem, muito provavelmente um escravo fugido, não teria condições de possuir um colar como aquele preferiu recusar a proposta. Em breve havia de partir para Liverpool e não queria confusões...
Escravocratas, joguetes políticos, guerras entre grupos de capoeira, injustiças, traições e dissabores amorosos. Mal sabia que pelo simples fato daquela conversa ter acontecido, Woodruff já estava metido até o pescoço em uma conspiração que mudaria os rumos da nossa História.
O livro é tratado como uma tradução dos escritos do personagem Daniel Woodruff feita pelo autor. Toda a trama é narrada em primeira pessoa, na forma de relato pessoal, pelo detetive inglês com uma linguagem condizente com da época, mas com a agilidade e fluidez dos clássicos livros polícias. A intenção do autor - conforme revelado em entrevista - foi usar do recurso dos manuscritos para dar mais veracidade à história e fazer uma brincadeira com a pratica utilizada por romancistas do século XIX, tal qual José de Alencar que figura entre os personagens da obra.
Para conseguir tal feito Maicon Tenfen se aprofundou bastante na história do Brasil e da Capital Imperial: o Rio de Janeiro. Os reflexos de sua pesquisa são visíveis a cada detalhe social, político e estrutural apresentados, e enfatizados pelas participações de figuras públicas históricas como a família imperial (o imperador Dom Pedro II, a Princesa Isabel e o Conde d'Eu) e eventos importantes como a Guerra do Paraguai e a Lei do Ventre e Livre.
Os personagens da trama são carismáticos e cumprem suas funções muito bem, até mesmo aqueles que pouco aparecem, mas ainda assim exercem influência direta sobre a trama. Maicon sabe bem como trabalhar um livro clássico de mistério e investigação, e acrescenta um elemento pouco tradicional ao gênero: a ação. Em diversas cenas completamente cinematográficas o autor nos convence da beleza e magnitude da capoeira, e também do perigo que seus praticantes representavam.
Quissama foi um livro que me agradou também pelas escolhas gráficas. As ilustrações de Rubens Belli enriquecem o imaginário do leitor e logo me remeteram à série de livros de outro investigador inglês - Sherlock Holmes - lançada pela Editora Melhoramentos. O trabalho de diagramação e editoração, além de embelezar a obras nos causa uma familiaridade como se pertencesse mesmo ao periódo que a trama propõe.
Dito isso, me sinto obrigado a concordar com o amigo Marcos e terminar a minha resenha de forma semelhante, ao dizer que por todos os pontos acima citados, torna-se impossível não indicar a obra para todos. Quissama - O Império dos Capoeiras figura, sem qualquer sombra de dúvida, entre as melhores leitura feitas no ano, e se provou um investimento muito bem feito. Que logo venham mais aventuras do detetive bretão e de capoeirista atrevido.



Quissama - O Império dos Capoeiras - O Jogo

$
0
0

Rio de Janeiro, 1868. Quissama é um escravo foragido que conta com a ajuda do detetive inglês Woodruff para encontrar Bernardina, a mãe desaparecida. Ao mesmo tempo, precisa fugir do Alemão Mueller e sua malta, que quer capturá-lo. Outros personagens têm objetivos variados no desenrolar do jogo. Nas praças, você enfrentará as lutas de capoeira entre Nagoas e Guaiamuns, que dividem o Rio de Janeiro da época. Enquanto o comércio floresce, no Ministério os políticos tentam se manter no poder apesar dos inevitáveis escândalos de corrupção. Escolha seus personagens e tome parte nessa trama!
Titulo: Quissama: O Império dos Capoeiras
Produtora: Independente
Criação: Ricardo Spinelli (Inspirado no livro homônimo de Maicon Teffen)
Tipo: Gerenciamento de mão, Influência em área, Poderes variáveis dos jogadores (Tabletop)


Poucas sensações no mundo são tão gratificantes quanto ajudar outras pessoas a realizarem seus projetos, ainda mais quando há interesse no sucesso dos mesmos. Quando o resultado é de qualidade a sensação é ainda melhor. Isso aconteceu recentemente comigo em relação a produção do jogo o qual falaremos nessa postagem; sua publicação foi possível graças a um financiamento coletivo através do Catarse.
Quissama - O Império dos Capoeirasé um jogo de tabuleiro com temática brasileira e mecânica europeia, para 2 a 4 (expansível para 5!) jogadores, ambientado no Rio de Janeiro de 1868, inspirado no livro homônimo, escrito por Maicon Teffen e ilustrado por Rubens Belli, lançado em 2014 pela Editora Biruta. 
A primeira vista a jogabilidade pode parecer complicada, mas a verdade é que tudo é bem claro e didático em Quissama. Trata-se de um belo jogo competitivo com bastante interação e relativa presença de sorte, em que você precisa muitas vezes atacar outros jogadores e travar suas jogadas para se defender. 
Foto: Moisés Pacheco

Nele os jogadores assumem o papel de personagens fictícios ou históricos para cumprir seus objetivos, que podem ter facetas variadas: política (influenciando o Ministério), financeira (dominando os comércios), ideológica (libertando os capoeiras das senzalas), de busca (encontrando uma escrava foragida) ou mesmo um tanto suspeita (liderando uma malta de capoeiras). Cada um dos personagens tem custos variados, habilidades especiais e critérios de vitória diferentes. Isso mesmo que você entendeu: a maneira de vencer é determinada de acordo com os personagens conquistados durante o jogo e cada jogador pode influenciar quantos personagens quiser/puder e, quem primeiro atingir o objetivo do personagem escolhido, será o vencedor. 
A arte produzida pelo Belli Studios é muito bonita e só tornou o jogo ainda mais atrativo. Não digo apenas pelas ilustrações dos personagens, mas pela composição de todo matérial do jogo: cartas, tabuleiro, caixa e manual. Por falar nisso, apesar de se tratar de um primeiro projeto de uma autor independente a participação da Ludens Spirit foi fundamental para garantir um material de qualidade par as peças do jogo, tão resistentes quanto a de empresas que estão há anos no mercado. Dá gosto de ver o jogo na mesa.
Foto: Moisés Pacheco

É importante ressaltar que, embora inspirado na trama e personagens da obra escrita, não é necessário ler o livro para jogar Quissama, pois o jogo é totalmente independente do livro. Mas se me permite dizer: se eu fosse você iria conferir o livro também. Se antes ou depois de conhecer o jogo pouco importa, pois não a experiência com de um não irá interferir na experiência com o outro.
Para quem quiser saber mais sobre o jogo e como ele funciona na prática, o Marcelo Pegado - mais conhecido pela alcunha que nomeia seu canal: Jack Explicador- preparou um preview detalhado com informação sobre as mecânicas do jogo, como elas funcionam, e muito mais (o vídeo está disponível logo abaixo ao fim da postagem). A versão utilizada no vídeo não é a versão final do jogo - e por isso não possui todas as regas atualizadas - mas um protótipo produzida antes do jogo ficar pronto apenas para ilustrar e auxiliar a gerar interessados na campanha.
Apesar de não ganhar nada com isso aproveito para deixar aqui a recomendação: quem tiver interesse em adquirir futuramente o jogo, opte por fazer a compra na Ludeka (link no topo da postagem).  A loja possui ligação com a empresa responsável pela produção do jogo e dispõe para a venda exemplares de Quissama  - O Império dos Capoeiras, e também alguns extras como peças para um quinto jogador, organizador de área de jogo e exemplares do livro homônimo que deu origem ao jogo (o qual você pode conferir a resenha aqui) que podem ser adquiridos de forma individual ou em pacotes especiais. Além de  confiável a Ludeka oferece frete grátis para TODO O BRASIL em compras a partir de R$ 150.
Ao fim, digo sem a menor sombra de dúvidas que Quissama é um excelente jogo e vai agradar até mesmo aqueles não acostumados com jogos modernos; sua simplicidade e os detalhes didáticos utilizados no design do tabuleiro e cartas o tornam fácil ensinar, e com duas rodadas é possível sair fazendo estratégias para vencer e barrar o avanço dos adversários. E fala sério: quem não gosta de competir com o coleguinha?  Um jogo barato, de qualidade acima da média, com uma arte lindíssima e muito divertido, que prova que o mercado nacional tem ainda muitas pérolas para mostrar. Indicação certa!




Limbo

$
0
0
O Limbo é para onde todas as almas vão após a morte. Além de humanos, deuses esquecidos e espíritos lendários também vagam pelo plano. Muitas almas sabem exatamente onde estão e por que; a maioria, entretanto, ainda tem a impressão de estar viva. A morte é um hábito difícil de se acostumar.
Um dos espíritos residentes no Limbo acorda sem nenhuma lembrança de sua identidade. Ele descobre que a Terra está prestes a ser destruída pelos próprios humanos e fica encarregado de enviar doze almas heroicas de volta. Elas reencarnarão no plano dos homens e tentarão reverter o quadro apocalíptico.
Contudo, poucas almas encaram o retorno com bons olhos. O espírito deve, então, forçá-las. Armado, de preferência. Assim, resolve visitar um velho amigo: Azazel, anjo ferreiro e primeiro escolhido da lista.
O espírito descobre mais sobre quem realmente é, ouve uma versão completamente diferente sobre a rebelião dos anjos e é presenteado com uma surpresa de péssimo gosto.
LIMBO mistura elementos e referências de videogames, RPGs, HQs, animes, mangás, filmes, séries e livros. De Lovecraft a Final Fantasy, é uma homenagem às influências que marcaram o autor.
Título: Limbo
Autora: Thiago d'Evecque
Editora: Amazon Publishing/ Publicação Independente
Número de Páginas: 165
Sou fascinado por livros que abordam e brincam com mitologias tradicionais. São uma ótima forma de se conhecer traços de culturas diferentes além de enriquecerem a nossa própria bagagem de histórias. Em Limbo, seu livro de estreia, Thiago d'Evecque mostra um incrível potencial para trabalhar com estes elementos, criando um universo de fantasia coerente, variado e bem estruturado numa trama envolvente com a mesma maestria de um Spohr ou Gaiman.
-
Limbo conta a jornada de um espírito recém desperto e desmemoriado imbuído da missão de escolher doze entre todas as almas que vagam pelo Limbo e enviá-las de volta à Terra com a finalidade de ensinar as suas mais nobres virtudes ao ser humano que se degradou a um ponto extremo e está a beira de se extinguir num apocalipse eminente.
-
O Limbo é uma espécie de dimensão paralela para onde vão os deuses esquecidos, seres mitológicos e almas condenadas. Lar abrangente de criaturas de diferentes culturas e épocas, lá é possível encontrar desde as criaturas dos mitos de Cthulhu, da mitologia judaico-cristã, deuses gregos, nórdicos, hindus, africanos e asiáticos, e até figuras possivelmente históricas como o rei Arthur e a Sherazade das Mil e Uma Noites.
-
O maior problema para o protagonista é convencer estas almas heroicas a voltar. Nem todas estão dispostas a isto pelos mais diversos motivos. Uns já estão cansadas da humanidade, outros acham que já cumpriram a sua missão... Assim, após esgotar seus argumentos, inevitavelmente o protagonista terá de recorrer à força para cumprir com êxito a sua missão. Não há escolha.
-
Em sua jornada pelo Limbo, o protagonista é acompanhado de uma arma espiritual com personalidade própria apelidada de Cacá (e que personalidade!). A arma na verdade é um receptáculo da alma de um deus antigo e esquecido que em sua megalomania se alimentava do medo e horror humanos em eras remotas mas que agora só pode reclamar da sua atual condição deplorável. Cacá nos proporciona muitos dos melhores momentos de alívio cômico durante a leitura e terminei por me simpatizar com sua "pessoa".
-
Thiago d'Evecque não se contentou apenas em usar personagens já conhecidos mas em também imbuí-los de personalidade própria. Entre os 12 escolhidos destaco três que me surpreenderam muito pelo conceito trazido aqui: o primeiro é Azazel, o responsável por forjar Cacá é um anjo desprovido de crenças em uma entidade superior, um anjo ateu! Quem diria! Oxum, nunca antes havia lido uma história com um orixá do candomblé, especificamente da religião iorubá, como personagem e ela também foi uma grata surpresa para mim. Além de ser uma figura interessantíssima e complexa, a representante do amor, da beleza e da feminilidade é quem traz à trama uma virada surpreendente que me tirou o chão e o fôlego literalmente. E por fim temos Arthur, o rei que é sempre representado como um homem imponente e justo, o ideal cavalheiresco perfeito é mostrado em Limbo com uma faceta muito mais humana e falível. Aqui ele remói todas as suas mágoas pelas desgraças da sua trágica história já tão conhecida. Há muitos outros personagens tão interessantes quantos estes que citei e vale a pena conhecê-los mais à fundo. O próprio autor dá dicas de onde buscou inspiração para criá-los e cita obras de referência ao fim do livro. Limbo pode perfeitamente ser encarado como uma porta de entrada, uma breve introdução, para quem quer conhecer mais sobre mitologias diversas justamente por beber de tantas referências e por nos despertar a curiosidade para elas.
-
A forma como as missões são estruturadas podem soar um pouco repetitivas e previsíveis ao longo de alguns capítulos. Elas me lembraram as missões de alguns games em estilo RPG com cada entidade representando uma espécie de chefe de fase e basicamente podem ser resumidas em encontro, conversa, luta e desfecho. Mas o autor soube contornar isto criando situações únicas a cada novo encontro. Além das entidades serem totalmente diferentes entre si, o que exige técnicas de argumentação e combates também diferentes, a ambientação de cada encontro também muda. O Limbo funciona de modo a parecer como aquela entidade e a sua sociedade acreditavam que deveria ser o seu pós-vida. No fim o balanço é muito positivo e não raro nos perguntamos de quem o protagonista irá atrás agora? Como será o embate de ideias? E a quais técnicas de luta ele irá recorrer?
-
O livro possui um final aberto, sobretudo com relação às almas enviadas para reencarnar na Terra. Seria interessante saber o que aconteceu com elas numa continuação, se foram capazes de redimir mais uma vez a humanidade passando para ela as suas melhores virtudes e principalmente: como? O desfecho é surpreendente! Há pelo menos duas grandes viradas aguardando o leitor ao final, mas antes de chegar lá recomendo apreciar com calma os trechos mais inspirados e poéticos da narrativa que se intercalam muito bem tanto com um fino bom humor de alguns momentos quanto com a ação propiciada pelos encontros e também pelos questionamentos filosóficos e sociais levantados nos diálogos.
-
Limbo é uma leitura rápida, agradável, com conteúdo e muito divertida e eu não poderia terminar essa resenha sem deixar de recomendar a todos: leiam!


Financiamento Coletivo: Possessão Arcana

$
0
0





Titulo: Possessão Arcana
Produtora: Sherlock S.A
Criação: Thiago H. Ferri
Tipo: Dungeon Clawler/Exploração/Cooperativo

FÃ PAGE - GRUPO NO FACEBOOK - ONDE COMPRAR

Muitas pessoas acham que nós, seres humanos, vivemos em um mundo paralelo ao plano espiritual, onde existe o bem e o mal, anjos e demônios. E elas sempre estiveram certas!
-
Em breve, todos poderão testemunhar a verdadeira força demoníaca que vem consumindo nosso mundo, mas também se surpreenderão com um pequeno grupo de pessoas, com poderes mágicos, que lutam constantemente pela nossa sobrevivência. Afinal, essa é a premissa do novo jogo de tabuleiro nacional, que tem como autor, o paranaense designer gráfico e publicitário, Thiago Henrique Ferri.
-
Possessão Arcana é um jogo de tabuleiro, onde os heróis vão criando o caminho da sua aventura conforme ela se desenrola, e claro, enfrentado seus inimigos e imprevistos. E antes que você se pergunte, que tipos de inimigos enfrentarão, precisa primeiro decidir se está preparado. Uma grande variedade de demônios invadirão o plano terrestre, desde diabretes até lordes supremos do sub-mundo. Cabe a você e seus companheiros, enfrentarem estes demônios juntos e os enviarem de volta ao Inferno.
-
Como jogador, você poderá escolher entre alguns personagens heróis, que dominam a arte da magia arcana. Através dessa magia, eles utilizam poderes letais e diferenciados, e o melhor, cada um com seu próprio Familiar, uma espécie de animal de estimação treinado para lutar ao seu lado.
-
Mas, tudo tem seu preço. Manipular a magia arcana sem controle pode ter seu efeito inverso e você pode ficar possuído por ela. Uma vez possuído, você precisará lutar contra os heróis e a favor dos demônios, se quiser vencer a partida. Mas, nem tudo está perdido, seus amigos podem juntar forças para tentar reverter sua possessão e te trazer de volta à realidade.
-
Possessão Arcana é um dungeon crawler com progressão de personagens, gerenciamento de cartas, rolagem de dados e claro, muita diversão. Para conseguir visualizar de forma mais clara você pode fazer o download do Manual de Regras do Jogo, ou se preferir e tiver tempo, pode assistir ao vídeo (clicando no link a seguir) produzido pelo pessoal do Covil de Jogos que ilustra o funcionamento da partida. Mas para garantir o seu exemplar por enquanto só há uma maneira e sua colaboração é fundamental...

Para quem não conhece, o funcionamento de um financiamento coletivo é simples: Os objetivos são esclarecidos na página da campanha e as recompensas são apresentadas, o apoiador escolhe entre as possibilidades com quanto irá contribuir já sabendo qual será a sua recompensa. Quando a meta não é alcançada o dinheiro é devolvido, e em algumas campanhas quando o valor estipulado, é ultrapassado metas extras que bonificam aqueles que contribuíram (não necessariamente todos, isso varia de recompensa para recompensa e de campanha para campanha).
-
O projeto do jogo Possessão Arcana entrará em financiamento coletivo pelo Kickante (www.kickante.com.br/possessaoarcana), para arrecadar através dos apoios dos gamers e entusiastas, a meta de 23 mil reais. A campanha será do tipo 'tudo ou nada', ou seja, se durante os 2 meses de campanha o valor total for atingido, o jogo irá para a produção e todos os apoiadores receberão suas recompensas. Caso a meta não seja atingida, todos recebem de volta o valor investido.
-
A campanha vai disponibilizar tipos diferentes de apoios, com valores diferenciados, para atender a todos os interessados. Por exemplo, para quem quiser apoiar o projeto e receber o jogo completo deverá investir R$ 195,90 (R$ 185,90 para os primeiros 20 apoiadores). Ainda serão disponibilizados com valores à parte, conteúdos extras, como torre de dados, camisetas, canecas, e outros. Para não perder nenhuma promoção desta campanha e acompanhar a contagem regressiva para o lançamento do jogo, participe agora do evento facebook: https://www.facebook.com/events/210924632582471/
-
Agora que você já está por dentro de tudo, anote na sua agenda: dia 20 de janeiro, a partir das 12 horas, Possessão Arcana inicia sua campanha para se tornar uma realidade. Não esqueça de confirir a página do projeto para descubrir mais informações sobre o jogo: quais exatamente são as recompensas, detalhes sobre como jogar, quais são os extras, os recursos adicionais, etc.
-
Apoie, divulgue e prepare-se para para impedir o colapso do mundo, mas sem perder o controle!


Financiamento Coletivo: Alastair 1932

$
0
0
Titulo: Alastair 1932
Produtora: Independente
Criação: A. Koben
Tipo: Literatura


"Após perder seu pai, um garoto de Guaratinguetá recebe visões tenebrosas que podem definir o desfecho de toda revolução civil de 1932" 
-
Esse pequeno trecho é a síntese do enredo trazido a tona pelo escritor de Scifi e fantasia A. Koben em seu primeiro romance. O autor já foi premiado em um concurso mundial patrocinado pela Intel, que resultou em uma publicação do conto “A cor dos seus olhos” em inglês.
-
Na obra você vai encontrar mistérios que envolvem personagens famosos, como Santos Dumont e descobrir novos nomes que vão encantar a todos com sua profundidade dramática. Como o Tenente Tristam dos Anjos, um verdadeiro herói que saiu de uma vida sofrida no Nordeste para encontrar no meio de seus inimigos do exército paulista, um verdadeiro amor.
-
O autor mistura ficção e realidade para criar um background sombrio, trazendo novos significados aos fatos que marcaram o combate.

A. Koben é o pseudônimo de Ale Santos. Game writing e designer de narrativas do Board Game Selene The Fantasy, autor do livro "Narrativas interativas: O legado dos jogos de RPG", juiz da edição brasileira do concurso de SCIFI "Tomorrow Project" da Intel e autor do conto "A Cor dos seus Olhos" que foi lançada, na antologia mundial publicada nos EUA.
-
Já palestrou sobre roteiros de jogos em eventos da saga School of Art Game and Animation de Guarulhos e na terceira edição do Fórum Transmídia. Criador e editor do blog RPG Vale, premiado 4 vezes como Top Blog profissional de games.
-
Este ano foi selecionado para a antologia "Criaturas do Submundo" da editora Wish e atualmente é um dos autores da Storytellers Brand'Fiction, o primeiro escritório de Innovative Storytelling do Brasil.


Para que o sonho de publicar este livro se torne realidade, você é convidado a fazer parte da campanha de financiamento coletivo da obra na plataforma Bookstart!
-
Para quem não conhece (ou não acompanha as postagens que fazemos sobre FCs), o funcionamento de um financiamento coletivo é simples: os objetivos são esclarecidos na página da campanha e as recompensas são apresentadas, o apoiador escolhe entre as possibilidades com quanto irá contribuir já sabendo qual será a sua recompensa. Quando a meta não é alcançada o dinheiro é devolvido, e em algumas campanhas quando o valor estipulado é ultrapassado metas extras bonificam aqueles que contribuíram (não necessariamente todos, isso varia de recompensa para recompensa e de campanha para campanha).
-
Para participar do financiamento de Alastair 1932, basta escolher um dos pacotes de recompensas disponíveis, com valores entre R$30 e R$ 400 (especial para lojistas), que dão direito a recompensas variadas como marcador de página, contos do autor, livro físico e digital (epub e pdf), sketch book, álbum digital com 22 músicas instrumentais, e até depoimento na contracapa do livro.  Basta escolher o apoio que contemple aquilo que seja do seu interesse, tudo com frete grátis.
A campanha ficará disponível por 60 dias no Catarse (a contar de 08/10) e tem entrega de recompensas prevista para Julhol de 2016. Agora que você já está por dentro de tudo confira a página do projeto no Bookstar (https://www.bookstart.com.br/pt/Alastair) e descubra mais informações sobre o livro: quais exatamente são as recompensas, detalhes sobre como seu dinheiro será investido, artes, etc.
-
Apoie, divulgue, e esteja pronto para encarar um Brasil dark fantasy!


Os Filhos de Anansi

$
0
0
Charlie Nancy tem uma vida pacata e um emprego entediante em Londres. A pedido da noiva, ele concorda em convidar o pai para seu casamento e fazer disso uma tentativa de reaproximação, já que há vinte anos os dois não se falam. Enquanto isso, no palco de um karaokê na Flórida, o pai de Charlie tem um ataque cardíaco fulminante. A viagem de Charlie até os Estados Unidos para o funeral acaba se tornando a jornada de uma nova vida. Charlie não tinha ideia de que o pai era um deus. Menos ainda de que ele próprio tinha um irmão. Agora sua vida vai ficar mais interessante... e bem mais perigosa. Embrenhando-se no território de lendas e deuses pagãos, a poderosa narrativa de Neil Gaiman leva o leitor a mergulhar nessa história fantástica e bem-humorada sobre relações familiares, profecias terríveis, divindades vingativas e aves muito malignas.
Título: Os Filhos da Anansi
Autor: Neil Gaiman 
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 238


Curioso como se forma um certo pré-conceito sobre determinados livros antes mesmo de lê-los. Confesso que tinha um certo receio de ler Os Filhos de Anansi, por achar que seria um livro pesado demais em referências obscuras, dramático demais por lidar com relações familiares e talvez até um pouco assustador e inquietante pelas referências aracnídeas na capa e na sinopse. Como estava errado! E que livro divertido e hilariante!

-

Em sua trama principal, o livro vai contar a história de Charlie Nancy, um típico londrino comum que está prestes a se casar quando recebe a notícia de que seu pai falecera. A relação entre os dois nunca foi das melhores, Charlie nunca se sentira à vontade na presença do pai, sentia-se constrangido o tempo todo com o jeito de ser despreocupado e displicente do velho sr. Anansi. Esta fatalidade ainda trará mais surpresas para o nosso protagonista. Ele não só descobrirá que tem um irmão, o extrovertido Spider, que nunca conhecera como também que ambos são descendentes de um deus, sendo portanto deuses também. Tudo isso trará inúmeros problemas para a vida de Fat Charlie, apelido dado por seu pai e que ele odeia com todas as forças, mas também o fará trilhar um caminho de autodescoberta, superação e mudanças.

-

O homem comum, apegado ao próprio cotidiano, sem grandes potenciais e maiores ambições que vê sua vida mudar diante da descoberta do sobrenatural e do fantástico é um tema recorrente nos livros de Neil Gaiman. À princípio Fat Charlie é muito parecido com outros de seus protagonistas como Tristan Thorn de Stardust e com Richard Mayhew de Lugar Nenhum. Há muitas semelhanças também com a forma como Fat Charlie e outros personagens de Neil Gaiman adentram nesta realidade mágica que permeia quase todas as suas histórias, mas nesta o fio condutor se fixa mais numa linha de surrealidade cômica. Fat Charlie faz uma ótima ponte entre nós e esta nova realidade e há um esforço no texto para torná-lo um personagem cativante logo nas primeiras páginas. Me identifiquei muito com o fato dele se sentir constrangido pelas atitudes e comportamentos de seu pai. Não raro também sinto aquela pequena dose de vergonha alheia dos meus familiares, bem como eles também devem sentir de mim, pois acredito que isso seja comum a todos nós em maior ou menor grau.

-

Além dos protagonistas da família Anansi, destaco também os coadjuvantes que mesmo tendo sido representados de forma caricata para realçar aspectos cômicos, conseguem ser marcantes e experimentar dilemas próprios, cada um à seu modo: temos Grahame Coats, chefe de Fat Charlie, cujos diálogos são todos compostos pelas frases mais clichês que você conseguir lembrar, a Sra. Noah, futura sogra de Fat Charlie, que é tão rígida e apegada a sua própria realidade que até mesmo um Deus teria dificuldades para tentar dobrá-la, Rosie, a namorada de Charlie cuja bondade e vontade de fazer o bem e o certo podem colocar todos a sua volta em situações embaraçosas, a velha Sra. Higgler que assim como eu, bebe literalmente baldes de café, além de Dayse e Maeve Livingston que num arroubo de protagonismo rouba os holofotes num momento crítico!

-

Confesso que não conhecia nenhuma história do Anansi mitológico antes de ler este livro. Quase sempre descrito como uma aranha inteligente e ardil, ele é personagem e protagonista de várias histórias folclóricas do continente africano e achei positiva a escolha do autor em explorá-lo neste livro. Várias das pausas na narrativa são usadas para contar algumas destas histórias de Anansi, que lembram muito aquelas populares fábulas de animais, e servem para fundamentar o comportamento de vários dos personagens, principalmente os da família Anansi e os outros "deuses animais" que em algum momento no passado já foram trapaceados pelo velho deus aranha. Além destas raízes mitológicas, o livro também é pontuado por muitas referências à própria cultura pop. Há cenas que lembram filmes, outras que lembram livros, shows de TV dos anos 90 e principalmente a música! Por todo o livro canções são referenciadas ou mencionadas diretamente e acredito que seja uma ótima experiência de leitura ler o livro ao som delas de fundo. (Você pode ouvir algumas delas nesta playlist aqui)

-

É um livro curto, com uma narrativa fluida em terceira pessoa e com apenas 14 capítulos, cujos títulos são bem criativos e até dão pequenos spoilers do que vão contar, tais como "Capítulo Nove: No qual Fat Charlie atende à porta e Spider encontra flamingos" e "Capítulo Treze: Que acaba sendo desfavorável para alguns". A edição mais recente é da Intrínseca e possui uma capa texturizada que é uma delícia de ser manuseada, como extras traz um capítulo inédito e dois textos exclusivos de Neil Gaiman, um sobre sua experiência de escrever sobre os EUA sendo um autor britânico e outro onde ele nos revela de onde tira as suas ideias! Este último imperdível! Filhos de Anansi também possui uma das melhores dedicatórias de todos os tempos, na qual o autor dedica este livro à você, leitor! Não poderia ser melhor!

-

O fantástico e o mudando se alternam e se deformam durante a leitura. Viagens dimensionais, rituais e deuses cujas formas não podem ser determinadas com exatidão, coexistem e te levam a ter uma experiência surreal com a realidade urbana que estamos acostumados. Essa talvez seja uma das grandes sacadas de Neil Gaiman. É como se o autor o convidasse a suspender toda a sua descrença, convencendo-lhe a dançar no ritmo de uma canção e a deixar que ela lhe conduza pelo grande palco da história. Em seus livros nada é absurdo demais, insólito demais, mágico demais... tudo é literalmente possível e, ainda assim, é capaz de soar incrivelmente coerente!

-

Já vi e li algumas críticas negativas para este livro, mas eu realmente apreciei a leitura, me diverti em cada parágrafo e se havia defeitos nele, eu estava tão envolvido (absorto até) com a história, rindo de Fat Charlie e de mim mesmo, que sinceramente não percebi e não fizeram diferença. O livro também é tido como uma continuação de Deuses Americanos, mas apesar de haver certas semelhanças entre eles, as tramas são independentes um não requer a leitura de outro. Recomendo Os Filhos de Anansi sobretudo para quem procura uma leitura leve, despretensiosa e divertida.


Viewing all 578 articles
Browse latest View live